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Sindicato que representa entregadores reage à resposta do iFood e aciona Justiça

Sindicato acionou o Ministério Público do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 abr 2025, 16h45 - Publicado em 3 abr 2025, 15h33

O SindimotoSP – sindicato que representa os entregadores motofretistas e cicliclistas – protocolou pedido de mediação junto ao Ministério Público do Trabalho, ao Tribunal Regional do Trabalho e ao Tribunal Superior do Trabalho,  para que seja estabelecida uma negociação entre  as empresas  Ifood, Uber, Rappi, Burguer King e Mc Donald’s, e o sindicato.

Nesta semana, entregadores autônomos mobilizaram uma paralisação nacional, intitulada do Breque Nacional dos Apps, em protesto por melhores condições de trabalho e remuneração oferecidas pelas plataformas de entrega de serviços e comida, como Ifood, Uber, 99, Consumidores sentiram o impacto, segundo relatos nas redes sociais, e entregadores promoveram atos em algumas cidades.  O Sindimoto(SP) apoia o movimento mas não lidera a paralisação que é feita por autônomos.

Em São Paulo, cidade com maior número de motociclistas entregadores, são mais de 700 mil profissionais, segundo o Sindimoto(SP), o Ifood informa que conversou com lideranças do movimento e que estuda conceder um aumento na remuneração mínima por entrega, uma das principais pautas da paralisação.

A VEJA, o Ifood enviou nota  em que diz que avalia aumentar  a remuneração oferecida aos profissionais que prestam serviço para a plataforma. “Estamos atentos ao cenário econômico e estudando a viabilidade de um reajuste para 2025”, diz a nota.

O sindicato reclama de que  não participou das conversas. “O SindimotoSP — entidade sindical com representatividade legal dos motofretistas, entregadores e ciclistas no Estado de São Paulo, reconhecida pelo Governo Federal por meio de Carta Sindical — não foi convidado nem participou da referida reunião”, diz a nota do sindicato.

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O sindicato afirma buscar há anos, estabelecer canais de diálogo com as empresas de aplicativos para discutir melhorias reais nas condições de trabalho, mas não teve resposta.  “O iFood se recusa sistematicamente a dialogar com lideranças sindicais, não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil”, diz a nota.

Em resposta enviada a VEJA, o Ifood disse que está aberto ao debate, reconhece o direito do SindimotoSP em solicitar a mediação e confirma que foi notificado pela Justiça do Trabalho. A empresa rebate as acusações de que não tem aberto canal de conversa e diz que desde 2021 tem forte agenda de diálogo junto a entregadores, associações e entidades sindicais.

No entanto, há desafios e limitações a serem consideradas no processo, uma vez que a representação dos trabalhadores não está formalmente constituída e pacificada. Os mais de 360 mil entregadores cadastrados no iFood são trabalhadores independentes que podem usar o aplicativo para gerar renda com autonomia e flexibilidade”, diz a empresa em nota. A empresa também reafirma seu respeito às manifestações, “o que inclui não enviar promoções e outros tipos de incentivo durante os dias de paralisação”. Além disso,  a empresa afirma que não há qualquer penalização para o “score” e a “Saúde da Conta” dos entregadores mobilizados.

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Entre as demandas apresentadas pelos entregadores mobilizados, estão:

  • Reajuste da taxa mínima por entrega, que passaria de R$ 6,50 para R$ 10,00;
  • Aumento do valor pago por quilômetro rodado, de R$ 1,50 para R$ 2,50, cobrindo melhor os custos de deslocamento;
  • Limitação das rotas de bicicleta, com um percurso máximo de 3 km por pedido, para evitar a exaustão dos ciclistas;
  • Pagamento integral por entrega, sem cortes quando há múltiplos pedidos no mesmo trajeto.

 

 

 

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