Setor de embalagens ensaia recuperação pós-pandemia
Por captar todas as vertentes de consumo, setor é um bom termômetro para o estado de uma economia

O setor de embalagens diz muito sobre o estado de uma economia. Um estudo inédito da área de fusões e aquisições da consultoria internacional Kroll revela que o setor, finalmente, ensaia recuperação após a pandemia. As empresas do setor tem se valorizado. Pela métrica Valor de Mercado/Ebitda (que é todo o lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), empresas internacionais do setor de embalagens rígidas estão sendo negociadas a 9,5 vezes o Ebitda; embalagens flexíveis e adesivos a 8,5 vezes e papel, papelão e corrugados a 6,5 vezes.
Nacionalmente, as principais empresas do setor, Irani e Klabin, estão com múltiplos de 5,6 e 6,6 vezes, respectivamente. O número, na média em 6,1 vezes, está aproximadamente 6,5% menor do que o indicador internacional, o que já era esperado. “O setor de embalagem capta todas as verticais de consumo, desde a indústria, passando por produtos de consumo e até o setor de serviços. Globalmente vemos como um bom indicador e termômetro da performance das economias”, explica Alexandre Pierantoni, diretor de finanças corporativas da Kroll no Brasil.
Por aqui, desde o início do ano, foram 5 transações anunciadas no setor de embalagens, contra 7 em 2022 e apenas 5 em 2021. Para este ano Pierantoni acredita que o patamar do ano anterior deve ser mantido, assim como o total de transações anunciadas, na faixa de 1 600. “ O terceiro e quarto trimestres de 2023 devem ser positivos para o mercado de capitais e atividades de fusões e aquisições”, completa Pierantoni.