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Serviços consolidam recuperação e crescem 8,3% em 2022

Em dezembro, alta foi de 3,1%; atividades subiram com volta do atendimento ao público e avanço da vacinação contra a Covid

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 fev 2023, 12h56 - Publicado em 10 fev 2023, 09h11

O setor de serviços cresceu 3,1% em dezembro de 2022 e, com isso, alcançou o maior patamar da série histórica, iniciada em 2021. No acumulado de 2022, o setor cresceu 8,3%, segundo ano consecutivo de alta. Os serviços foram as atividades mais afetadas com o auge da pandemia de Covid-19 e, com a reabertura e a vacinação, retomaram o ritmo de crescimento. Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 10, o setor se encontra 14,4% acima do período pré-pandemia. O setor de serviços é o maior do PIB brasileiro e representa cerca de 70% da atividade do país.

Para o analista da pesquisa, Luiz Almeida, a intensificação na retomada de serviços presenciais após os períodos de isolamento e distanciamento social de 2020 e 2021 ajuda a explicar a expansão em 2022. Principalmente no ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,3%), a principal influência para o resultado do ano. “O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais. Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro”, explica o pesquisador.

O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares foi o segundo  com maior impacto no resultado, registrando expansão de 7,7%. Neste caso, destaque para ramos como empresas de locação de automóveis, serviços de engenharia, soluções de pagamentos eletrônicos e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções. A alta em serviços prestados às famílias, terceira influência na lista, foi de 24%, puxada por segmentos como restaurantes, hotéis, buffet, catering e condicionamento físico. “Em linhas gerais, setores também ligados a atividades presenciais”, reforça Almeida. Fecha o campo das altas o setor de informação e comunicação, com crescimento de 3,3%.

O único segmento a apresentar retração no ano de 2022 foi o setor de outros serviços (-2,1%), sob a influência de serviços financeiros auxiliares, como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados de balcão organizado, e administração de fundos por contrato ou comissão. Nesse caso, o movimento também tem a ver com a retomada de serviços presenciais, mas de maneira inversa. “Durante os períodos de isolamento mais severos, as famílias de maior renda, que participam mais desse segmento, realocaram o gasto para esse setor. Com a retomada pós-isolamento, a leitura é que a distribuição dos investimentos mudou, com uma realocação dos gastos familiares”, explica Luiz Almeida.

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Turismo

O agregado especial de atividades turísticas cresceu 4,1% em dezembro de 2022, após registrar estabilidade no mês anterior. Dessa forma, o segmento demonstrou alta de 29,9% no ano de 2022, com registro de fechamento anual positivo em 12 locais. Destaques para São Paulo (36%), seguido por Minas Gerais (49,4%), Rio de Janeiro (16,1%), Rio Grande do Sul (35,8%) e Bahia (23,4%).

O setor se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 5,5% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

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