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Serviços consolidam recuperação e ajudam a explicar melhora para o PIB

Setor tem 4ª alta consecutiva com aumento de 0,7% em agosto; resultados do maior setor do PIB puxa expectativa, mesmo com indústria e comércio oscilando

Por Larissa Quintino Atualizado em 14 out 2022, 14h04 - Publicado em 14 out 2022, 09h33

Em agosto, o volume de serviços prestados no país cresceu 0,7%, chegando ao quarto mês seguido de alta. A recuperação da atividade que mais sofreu durante a fase mais crítica da crise sanitária causada pela Covid-19 vem em ritmo de melhora, desde o avanço da vacinação e a diminuição das restrições para atendimento ao público. Com o resultado de agosto, o setor opera 10,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e fica apenas 0,9% abaixo do maior patamar da série histórica, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta sexta-feira, 14, pelo IBGE.

Os serviços formam o principal setor do PIB (Produto Interno Bruto) pela ótica da oferta, com peso de cerca de 70%. A força mostrada recentemente pelas atividades ajudam a explicar as melhoras na projeção para a economia este ano, mesmo com oscilações negativas em outras atividades como a indústria, que vive um ‘efeito ioiô’, e o comércio, que também vive um pós-pandemia de altos e baixos. No Boletim Focus, que compila as projeções do mercado financeiro brasileiro sobre a economia, a expectativa para o PIB deste ano vem crescendo há nove semanas. A projeção atual é de alta de 2,1%.

“O setor de serviços vem avançando há quatro meses seguidos. A última vez que isso havia acontecido foi no ano passado, quando chegamos a cinco meses no campo positivo entre abril e agosto. No mês anterior, o setor estava 1,5% abaixo do pico da série e, em agosto, ele se aproxima ainda mais, ficando no ponto mais próximo desse nível desde novembro de 2014”, explica o analista da pesquisa, Luiz Almeida.

Três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral. Entre elas, os destaques foram as de outros serviços (6,7%) e de informação e comunicação (0,6%). No mês anterior, o volume do setor de outros serviços havia caído 5,0%. “Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, destaca o pesquisador. Os serviços financeiros auxiliares abarcam corretoras de títulos, consultoria de investimentos e gestão de bolsas de mercado de balcão organizado.

Com o crescimento registrado em agosto, o setor de informação e comunicação acumula ganho de 1,8% nos últimos dois meses. “Esse foi o segundo setor que mais contribuiu para o avanço do volume de serviços em agosto. Ele atingiu o ponto mais alto da série, chegando ao mesmo nível registrado em dezembro de 2021. Esse resultado se deve especialmente ao segmento de tecnologia da informação, que é muito dinâmico e que também alcançou o pico da sua série neste mês. É um dos setores que cresceram a despeito da pandemia, principalmente por conta do home office e da digitalização dos serviços”, diz.

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O analista acrescenta que o segmento de telecomunicações, que faz parte da atividade de informação e comunicação, veio de uma queda de 1,8% no mês anterior para um aumento de 1,5% em agosto. “Esse setor ainda está 20,7% abaixo do maior patamar da sua série histórica, mas, com o avanço de agosto, ele é um dos responsáveis pelo crescimento de informação e comunicação”, diz.

Os serviços prestados às famílias (1,0%) cresceram pelo sexto mês consecutivo, período em que acumularam ganho de 10,7%. Apesar disso, o setor ainda está 4,8% abaixo do patamar pré-covid. “Isso é explicado pelo fato de ter sido o setor mais afetado durante a pandemia. Com o retorno das atividades presenciais, a queda das restrições e a diminuição do desemprego, ele vem reduzindo as perdas, mas ainda não chegou ao nível de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, o setor chegou a ficar cerca de 67% abaixo do seu patamar recorde, atingido em maio de 2014”, lembra.

Já os transportes, que vinham crescendo nos três meses anteriores, recuaram 0,2% em agosto. “O setor de transportes tinha um aumento acumulado de 4% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece mais uma acomodação do setor”, analisa Almeida. Tanto o transporte de passageiros quanto o de carga tiveram variação negativa no período. Houve estabilidade (0%) nos serviços profissionais, administrativos e complementares, após a queda de 1,1% em julho.

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