Economia

Trégua temporária? Secretário de Trump sugere que tarifas sobre eletrônicos podem voltar

Howard Lutnick disse que taxas podem voltar a ser aplicadas em um mês e que isenção faz parte de uma análise de Trump sobre outros itens, como semicondutores

Por Redação
Atualizado em 14 abr 2025, 07h43 - Publicado em 13 abr 2025, 13h15

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e o presidente americano Donald Trump, ao fundo (Samuel Corum/Sipa/Bloomberg/Getty Images)

O secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse neste domingo, 13, que a isenção de tarifas de smartphones, computadores e outros eletrônicos de consumo vindos da China, podem ser impactados por tarifas separadas em um mês, sugerindo que a diferenciação nas tarifas deve ser temporária.

As declarações foram dadas em entrevista ao programa This Week, da emissora de televisão ABC. Quando questionado se as tarifas sobre iPhones poderiam “voltar em um mês ou mais”, Lutnick respondeu: “Correto. Isso mesmo… Precisamos de nossos medicamentos e precisamos que semicondutores e nossos eletrônicos sejam fabricados na América.”

De acordo com o secretário, a medida de isenção dos itens eletrônicos é parte de uma investigação do governo sobre semicondutores, que poderia resultar em tarifas.

Na noite de sexta-feira, o governo Trump excluiu smartphones e outros eletrônicos de consumo de suas pesadas tarifas recíprocas, dando um alívio a empresas de tecnologia americanas que produzem diversos de seus produtos ou componentes fora do país, em especial, na China. Com isso, esses itens passaram a não ter tarifas adicionais. Enquanto isso, os outros itens importados da China para os Estados Unidos tem uma alíquota de 145%. “O que ele [Donald Trump] está fazendo é dizer que eles estão isentos das tarifas recíprocas”, afirmou Lutnick. “Mas eles estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que provavelmente entrarão em vigor em um mês ou dois.”

A declaração do secretário de Trump é um combustível para a instabilidade trazida pela guerra tarifária. Neste domingo, a China reagiu a isenção aos eletrônicos, dizendo ser um “pequeno passo”, e pediu que Trump suspenda as tarifas recíprocas em sua totalidade.