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Sanções econômicas estão associadas a mais de 560 mil mortes anuais, aponta estudo

Pesquisadores concluem que sanções econômicas funcionam na prática como instrumento econômico de destruição em massa

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 ago 2025, 15h02 - Publicado em 8 ago 2025, 12h22

Sanções econômicas internacionais estão associadas a cerca de 564 mil mortes adicionais por ano, segundo estudo publicado na The Lancet Global Health. A pesquisa analisou dados de 152 países entre 1971 e 2021 e identificou aumento significativo na mortalidade em praticamente todas as faixas etárias, com impacto maior em crianças menores de cinco anos

Segundo os autores Francisco Rodríguez, Silvio Rendón e Mark Weisbrot, sanções unilaterais, especialmente as impostas pelos Estados Unidos, têm impacto muito mais severo do que as aplicadas no âmbito da ONU. O estudo estima que, na última década, o número de mortes associadas às sanções seja comparável ao total global de óbitos civis e militares em conflitos armados no mesmo período.

Os efeitos variam conforme a idade: a mortalidade de crianças com menos de cinco anos aumenta, em média, 8,4 pontos logarítmicos, enquanto em adultos entre 60 e 80 anos o aumento é de 2,4 pontos. As sanções econômicas e unilaterais também foram associadas a piora das condições de saúde pública, sem evidências de que as sanções da ONU tenham gerado o mesmo efeito estatisticamente relevante.

Casos concretos são citados pelos pesquisadores. No Irã, o bloqueio à importação de medicamentos após as sanções de 2018 dificultou o tratamento de pacientes com talassemia, doença genética do sangue, elevando o número de mortes anuais. Em países como Venezuela e Síria, organizações humanitárias relataram restrições bancárias e dificuldades para receber doações, inclusive durante emergências como o terremoto sírio de 2023.

Os autores concluem que, apesar de serem apresentadas como alternativas pacíficas a conflitos armados, as sanções funcionam, na prática, como um “instrumento econômico de destruição em massa”, com efeitos comparáveis aos da guerra, e defendem a revisão do seu uso e desenho.

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