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Safra recorde do agro deve ter 1,9 milhão de toneladas acima do projetado

Levantamento do IBGE revisou a estimativa em 0,6%, totalizando 307,3 milhões de toneladas -- 44,2 milhões de toneladas a mais que em 2022

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2023, 11h53 - Publicado em 13 jul 2023, 09h27

A safra recorde de grãos no Brasil deve chegar a 307,3 milhões de toneladas. A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é 0,6% maior que a de maio, com acréscimo de 1,9 milhão de toneladas. A produção deste ano deve superar a safra de 2022 em 16,8% ,ou mais 44,2 milhões de toneladas.

Segundo o  Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, do acréscimo de 1,9 milhão em relação a projeção de maio, 1,4 milhão refere-se à alta na produção do milho, cuja expectativa é de recorde na produção, assim como a de soja, trigo e sorgo.

A área a ser colhida neste ano deve ser de 76,9 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 5,1% (3,7 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2022. Comparada ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou um crescimento de 346.730 hectares (0,5%).

Os recordes do agronegócio são o grande impulso para o crescimento do país em 2023. No primeiro trimestre, a economia avançou 1,9%, com crescimento de 21,6% do agronegócio. E o setor continua impulsionando a economia. Em maio, os serviços tiveram avanço de 0,9%, depois de recuo em abril, impulsionado justamente por transporte de cargas agrícolas.

Produção

Os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, trigo e sorgo, todos estabelecendo novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 148,4 milhões de toneladas (alta de 0,1%). Quanto ao milho, a estimativa foi de 124,5 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 96,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,0 milhões de toneladas; a do trigo em 10,6 milhões de toneladas; a do algodão (em caroço), em 6,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.

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“Há um conjunto de fatores positivos. Com exceção do Rio Grande do Sul, o clima tem estado muito bom, especialmente para os produtos de segunda safra como o milho, cuja produção cresceu muito. Outro fator é que o ano agrícola começou no período certo, não teve atraso no plantio da safra de verão, o que possibilitou uma colheita, especialmente da soja, no tempo certo. A janela de plantio do milho de segunda safra foi muito boa, logo após a colheita da safra de verão em janeiro e fevereiro. Isso favorece a colheita do milho de segunda safra que está ocorrendo agora em julho e agosto. E, por fim, o aumento dos preços internacionais levou o produtor a ampliar o plantio”, analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

A produção do trigo também pode vir a ser recorde caso se mantenham as condições climáticas favoráveis. O país importa um pouco de trigo, mas a produção tem crescido bastante devido à elevação dos preços internacionais com a guerra da Rússia e da Ucrânia, levando os produtores a investir mais em tecnologia e na ampliação do plantio. “Mas ainda dependemos que o clima ajude, pois existe uma previsão do fenômeno El Niño, que pode provocar secas, especialmente no Sul do país”, ressalta Barradas.

Já a soja teve um pequeno aumento na produção, o que faz com que mantenha a previsão de recorde. A alta se deve ao aumento na produção do Tocantins em relação a maio. “Nos estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o plantio da soja atrasa em relação ao resto do país, com isso eles têm maior capacidade de alterar o dado de produção. Neste mês, o Tocantins foi o responsável, prevendo um crescimento de 6,6%”, completa Barradas.

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