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Reverter o tarifaço do café é prioridade do governo Lula

Enquanto negocia a suspensão das tarifas com os EUA, o Brasil prepara plano alternativo para enquadrar o café entre produtos isentos

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 out 2025, 10h10

Por décadas, o café brasileiro tem sido um emblema da força agrícola do país. Mas desde que o presidente Donald Trump impôs uma tarifa de 50% sobre o produto, no início do segundo semestre, o aroma de crise paira sobre um dos setores mais tradicionais da balança comercial do Brasil. Agora, reverter essa sobretaxa tornou-se prioridade diplomática do governo.

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira a empresários e representantes do setor que as negociações com os Estados Unidos “avançam nos bastidores”. Segundo ele, o plano A do governo é convencer Washington a suspender temporariamente o tarifaço enquanto as conversas sobre um acordo comercial mais amplo seguem em curso. O pedido foi formalizado na reunião entre o secretário de Estado americano Marco Rubio e o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, que aconteceu em Washington.

Nos bastidores, diplomatas reconhecem que as chances de uma suspensão imediata são pequenas. O plano B brasileiro, portanto, seria ampliar a lista de exceções, um instrumento já utilizado por Trump, que, ao atualizar o tarifaço em setembro, incluiu um anexo de 109 páginas com produtos potencialmente isentos por serem “recursos naturais indisponíveis” nos EUA. O café, argumenta Brasília, se encaixa exatamente nessa categoria: é um bem agrícola essencial e de oferta praticamente inexistente em território americano.

Os efeitos econômicos da tarifa já são visíveis. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques ao mercado norte-americano caíram 52,8% em setembro em relação ao mesmo mês de 2024. Os Estados Unidos são historicamente o segundo maior destino do café brasileiro, atrás apenas da Europa. O aumento de custos reduziu a competitividade do produto frente a cafés de origem colombiana e centro-americana, que não foram atingidos com a mesma intensidade.

“Há um otimismo moderado de que o diálogo traga resultados”, disse Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé. “O governo tem demonstrado sensibilidade com o setor e disposição para defender a competitividade do café nacional.”

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