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O curioso caso de um Banco Central com dois presidentes

Copom se reúne mais três vezes neste ano; colegiado terá o indicado de Lula, Gabriel Galípolo, e o atual presidente, Campos Neto, com mandato até 31 de dezembro

Por Larissa Quintino Atualizado em 28 ago 2024, 17h06 - Publicado em 28 ago 2024, 16h37

As próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central serão peculiares: entre os membros que decidem os rumos da taxa básica de juros da economia, haverá dois presidentes do Banco Central: Roberto Campos Neto, o mandatário da autoridade monetária até dezembro, e Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sucessão no BC.

O Copom conta com voto de nove diretores para definir a Selic, hoje em 10,5% ao ano. Nas últimas duas reuniões, em que o colegiado decidiu-se pela manutenção da taxa, houve unanimidade entre os membros. Porém, não é sempre que isso acontece: em maio, por exemplo, quando o BC cortou a Selic em 0,25 ponto — reduzindo o ritmo de corte —, houve uma divisão entre os diretores, opondo Campos Neto, que optou por um corte menor nos juros, e Galípolo, que defendia a manutenção do ritmo, em 0,5 ponto.

À época, a discordância entre o atual presidente do BC e o, até então, favorito à sucessão balançou o mercado. Havia dúvidas se Galípolo atuaria de forma mais alinhada ao governo Lula, que é crítico da Selic em alta. Depois da divergência, entretanto, Galípolo tem dado sinais de alinhamento ao chefe do BC e defende a atuação técnica da autoridade monetária, com análise dos dados sobre inflação e a influência do mercado de trabalho aquecido nos preços.

Uma nova discordância entre eles nas reuniões até o fim do ano, no entanto, pode tensionar as expectativas e influenciar na política monetária no futuro. Se o mercado tem olhado atentamente ao que Galípolo diz desde que assumiu uma diretoria no BC, agora a atenção será ainda maior.

Parte dos investidores espera uma nova manutenção na Selic, em 10,5%, porém, há casas de análise que apostam numa alta dos juros já na próxima reunião de setembro. Além do encontro nos dias 17 e 18 do próximo mês, o Copom se reúne também nos dias 5 e 6 de novembro e em 10 e 11 de dezembro deste ano. O mandato de Campos Neto vai até 31 de dezembro. Galípolo, se aprovado pelo Senado Federal, assume em 1º de janeiro.

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