Produção de veículos sobe 17,9% puxada por exportações
Fabricação de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus sobe no mês e no ano, mas indústria apresenta recuo nas vagas formais
A produção de veículos no Brasil cresceu 17,9% em julho deste ano ante igual mês do ano passado, informou nesta sexta-feira, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram 224.763 unidades produzidas no primeiro mês do segundo semestre, em conta que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Em relação a junho, a produção teve alta de 5,9%. Com os resultados, os sete primeiros meses do ano somam a fabricação de 1,488 milhão de unidades, expansão de 22,4% em relação a igual intervalo do ano passado.
As exportações de veículos e máquinas agrícolas em julho somaram 1,38 bilhão de dólares, alta de 46,8% ante julho de 2016. No acumulado até julho no ano, as exportações subiram 52% frente a 2016, para 8,79 bilhões de dólares.
Considerando o número de veículos, as exportações da indústria cresceram 42,5% sobre julho do ano passado, para 65.722 unidades. O acumulado dos primeiros sete meses do ano foi recorde histórico para o período, com exportações de 439.586 unidades, crescimento de 55,3% na comparação anual.
“Foi o melhor acumulado de exportações da história e caminhamos para termos recorde no ano”, disse o presidente da Anfavea, António Regale, em entrevista a jornalistas, acrescentando que os maiores mercados foram Argentina, México, Chile, Uruguai e Colômbia.
Apesar da alta na produção, as demissões continuam nas montadoras. Só em julho, 276 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 1.693 vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 125.172 funcionários, recuo de 1,3% em relação ao nível de julho do ano passado.
Vendas
A venda de veículos novos caiu 5,2% em julho ante junho, para 184.815 unidades, mas na comparação ano a ano subiu 1,9%. No ano, a venda acumulada chega a 1,204 milhão de unidades, alta de 3,4%. O crescimento tem sido impulsionado principalmente pelas exportações.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)