Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Previdência: campanha do governo ataca vantagens de servidores

Os novos vídeos usam o slogan "Reforma da Previdência. Contra os privilégios, a favor da igualdade"

Por Reuters
Atualizado em 2 fev 2018, 14h36 - Publicado em 2 fev 2018, 13h41

governo federal estreará na próxima semana uma nova campanha de vídeos nas redes sociais em defesa da reforma da Previdência com foco no que chama de privilégios do setor público e a diferença no teto das aposentadorias de servidores e aposentados pela iniciativa privada.

Em um dos vídeos, são comparados dois personagens de 60 anos, com o mesmo nome e a mesma profissão, ambos advogados. Um, diz o locutor, já está aposentado, enquanto o outro ainda terá que esperar cinco anos. Um, “alto funcionário público”, se aposentou com salário integral de 35.000 reais, enquanto o da iniciativa privada terá o teto da Previdência, de 5.645 reais.

Um segundo vídeo imita uma conhecida propaganda de um posto de combustíveis. Uma mulher para o carro e pergunta a um homem na beira da estrada onde se encontra “gente se aposentando com 30.000 reais”, ou “aposentados com 50 anos”, e ouve como resposta: “no posto da Previdência”. Mas quando pergunta onde encontrar uma Previdência justa, a resposta é “aí só com a reforma da Previdência”.

O governo identificou em pesquisas recentes que, apesar de a maioria da população ainda não ser favorável à reforma, uma boa parte defende igualdade de regras entre a iniciativa privada e o serviço público, e tem batido no que chama de “privilégios”.

Os novos vídeos, que serão divulgados nas redes sociais a partir da próxima semana, usam o slogan “Reforma da Previdência. Contra os privilégios, a favor da igualdade”.

Continua após a publicidade

A reforma, no entanto, mexe apenas com a idade mínima de aposentadoria, que passaria a ser a mesma da iniciativa privada, de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, já que desde 2013 os servidores se aposentam pelo teto do regime geral da Previdência.

Neste ano foi criado o fundo de previdência complementar dos servidores, para o qual quem entrou depois desse ano tem que contribuir para garantir a aposentadoria acima do teto. A reforma não mexe em quem entrou antes desse período.

Ainda assim, o governo aposta no destaque das diferenças entre servidores e iniciativa privada para conseguir uma boa vontade da população com as mudanças, que poderia se refletir entre os deputados.

Continua após a publicidade

A estratégia do governo de antagonizar os servidores públicos, no entanto, não tem agradado a alguns deputados. Na quinta-feira, o vice-líder do governo, Rogério Rosso (PSD-DF) – que tem sua base entre servidores públicos — apresentou ao presidente Michel Temer algumas propostas para estender o período de transição para idade mínima dos servidores e tentar facilitar a aprovação.

Rosso, no entanto, criticou a estratégia do governo. “Fiz apelo para o governo parar de generalizar que todos os servidores são privilegiados, isso não é verdade”, disse Rosso. “Falei dessa campanha de colocar brasileiro contra brasileiro”.

O governo quer colocar a reforma da Previdência em votação este mês. No entanto, a contagem mais otimista aponta apenas 270 votos favoráveis, quando são necessários no mínimo 308.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.