Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Previdência: a maior das reformas

Diante da complexidade política exigida, medida foi o primeiro grande sucesso da gestão Bolsonaro

Por Larissa Quintino Atualizado em 4 jun 2024, 14h45 - Publicado em 27 dez 2019, 06h00

Com pouco mais de um mês no cargo, o presidente Jair Bolsonaro voltou à Câmara dos Deputados em 20 de fevereiro para um gesto simbólico: entregar o projeto de reforma da Previdência. Durante seus mandatos como deputado federal, ele sempre votou contra projetos semelhantes. Mas com seu gesto deixava clara a relevância do tema no combate à crise fiscal ao aproximar as regras previdenciárias dos servidores públicos às dos trabalhadores da iniciativa privada.

Em julho, quando o projeto foi aprovado em primeiro turno na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chorou em seu discurso. “Muito obrigado pela confiança de todos. Que Deus nos ilumine!”, disse ele, com os olhos rasos de lágrimas. O futuro da economia brasileira começava a ser definido ali, e com seu gesto Maia marcou o compromisso da classe política com o tema. A aprovação final, no Senado, em outubro, virou celebração com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Com a reforma promulgada, semanas depois, a idade mínima dos homens para se aposentar passou a ser 65 anos e a das mulheres, 62. Para ter direito ao benefício integral, é necessário um tempo de contribuição de 35 a quarenta anos ao INSS. São mudanças duras, mas que, surpreendentemente, contaram com o apoio popular. A economia fiscal de 856 bilhões de reais em dez anos foi um argumento persuasivo o suficiente em um momento delicado da economia. “As mudanças propostas, de fato, produzem um impacto robusto nas aposentadorias”, avalia o economista Fabio Giambiagi.

Entre discussões e sessões intermináveis, todo o processo levou oito meses. Bolsonaro e Guedes deixaram a articulação da aprovação para o Congresso, o que deu ao texto final a visão do Parlamento sobre o assunto. Diante da complexidade política exigida, a reforma da Previdência foi o primeiro grande sucesso da gestão Bolsonaro. Ficaram para depois alterações não menos importantes, como as reformas tributária e administrativa e o Pacto Federativo.

Publicado em VEJA de 1º de janeiro de 2020, edição nº 2667

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.