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Prévia da inflação desacelera para 0,39% em junho, abaixo da estimativa

Apesar da perda de ímpeto do índice em relação a maio, preços de alimentos subiram quase 1%. Em 12 meses, IPCA-15 acumula alta de 4,06%

Por Larissa Quintino Atualizado em 26 jun 2024, 09h16 - Publicado em 26 jun 2024, 09h15

A prévia da inflação de junho foi de 0,39%, uma ligeira desaceleração em relação aos 0,44% registrado em maio. O IPCA-15, o índice que mede a prévia da inflação, veio um pouco abaixo do esperado pelo mercado, que era 0,43% para o período. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 26, o principal peso do mês veio do grupo de alimentação e bebidas, que subiu 0,98%.

No acumulado dos últimos 12 meses, a prévia da inflação acumula uma alta de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, e do centro da meta, de 3%. O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,04%, menor que a taxa de 1,12% registrada no mesmo período do ano passado.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. Apenas o grupo dos Transportes (-0,23%) e o de Artigos de residência (-0,01%) apresentaram variação negativa.

No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).

Pesam sobre os alimentos os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, um dos grandes produtores do país. Vale lembrar que o IPCA-15 mede a variação dos preços da primeira quinzena do mês de referência, neste caso junho, e dos últimos 15 dias do mês anterior. Maio foi um período crítico nas chuvas do estado, que tensinou o preço dos produtos.

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No grupo Habitação (0,63%), a alta da taxa de água e esgoto (2,29%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo, a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília, a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba, a partir de 17 de maio. Em energia elétrica residencial (0,79%),  também houve influência de reajuste de tarifa, os chamados preços administrados.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,57%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

No grupo Transportes (-0,23% e -0,05 p.p), houve queda na passagem aérea (-9,87%). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem táxi apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife (3,09%), a partir de 22 de abril.

Quanto aos índices regionais, todas as onze áreas de abrangência tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,68%), por conta das altas da batata inglesa (24,31%), do leite longa vida (10,68%), da energia elétrica residencial (4,11%) e da gasolina (1,77%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (0,16%), que apresentou queda nos preços das passagens aéreas (-9,40%) e das carnes (-2,39%).

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