ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Presidente do Flamengo pediu cargo na Petrobras a general demitido

Em setembro, o cartola e amigo de Bolsonaro se reuniu com o general Silva e Luna e disse ter meios de baixar o preço da gasolina, mas precisava de diretoria

Por Victor Irajá Atualizado em 4 jun 2024, 12h20 - Publicado em 1 abr 2022, 09h00

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, pediu um cargo de direção ou de conselho ao presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, revelou em entrevista exclusiva a VEJA desta semana, na qual aborda os bastidores de sua demissão da estatal. A conversa se deu em setembro passado, quando Landim procurou Silva e Luna para uma conversa e afirmou que teria a solução para baixar os preços dos combustíveis, mas “não poderia ajudar de fora”. De acordo com o presidente da Petrobras que deixará o cargo em abril, Landim fez questão de se mostrar próximo do presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a conversa.

“Tive um único contato com ele. Em setembro do ano passado, ele esteve aqui na empresa, conversamos cerca de 40 minutos. Na época, ele comentou que tinha condições de baixar o preço dos combustíveis, mas que precisaria ter um cargo na empresa — uma direção, um conselho”, disse Silva e Luna. Ele não aceitou a investida.

Na conversa com o engenheiro e cartola, Silva e Luna estava acompanhado de quatro assessores, confundidos por Landim com diretores da estatal. Segundo o general, o presidente do Flamengo chegou a fazer críticas, afirmando que um dos assessores presentes, o qual confundiu com o diretor de logística da empresa, “não entendia nada de logística”.

Meses depois, em março, Bolsonaro indicou Landim para o conselho de administração da empresa. O movimento foi interpretado, dentro da Petrobras, como um método para emplacar o presidente do Flamengo como o sucessor de Silva e Luna no comando da estatal. No final, Bolsonaro escolheu o economista Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), como presidente da Petrobras, mas indicou o presidente do Flamengo para a presidência do conselho de administração, mantendo aberta sua margem de influência dentro da companhia. Próximo a Bolsonaro, o cartola é um homem com experiência no setor de petróleo.

A indicação não causou nenhuma estranheza entre dirigentes do Flamengo — que acompanhavam a aproximação entre os presidentes do rubro-negro e da Presidência da República em meio à pandemia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRIL DAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.