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Presidente da COP30 é duramente criticado por latino-americanos e suspende plenária final

Representantes de países vizinhos acusaram diplomata de não seguir os procedimentos corretos durante a aprovação dos textos da agenda oficial

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 nov 2025, 16h53 - Publicado em 22 nov 2025, 14h31

O embaixador André Correa do Lago, presidente da COP30, a Conferência do Clima da ONU em Belém (PA), foi duramente criticado no início da plenária final do evento por representantes de países latino-americanos, que o acusam de não seguir os procedimentos corretos durante a aprovação dos textos da agenda oficial.

Em questões de ordem solicitadas pela Colômbia, por exemplo, a negociadora do país vizinho acusou Correa do Lago de ignorar os pedidos de aparte feitos por ela durante a aprovação de um dos textos, referente ao programa de implementação e ambição de mitigação climática. Ela afirmou que a Colômbia rejeitava a aprovação do documento e que manifestou objeção antes de ele bater o martela, mas que o brasileiro a ignorou.

A representante do Panamá, visivelmente exaltada, afirmou estar muito insatisfeita com a falta de transparência da sessão e que rejeitava inteiramente o texto sobre indicadores de adaptação climática. Uruguai, Argentina e Paraguai, parceiros do Brasil no Mercosul, também fizeram apartes. O representante do Chile, em sua fala, reclamou do resultado das negociações e disse que os países não estavam ali reunidos para aprovar medidas que já foram decididas em COPs passadas.

O representante da União Europeia também pediu a palavra para afirmar que considerava os indicadores de adaptação aprovados insuficientes. O negociador de Serra Leoa, na África, foi na direção contrária. Também criticando o texto, afirmou que os indicadores não são claros, tornando-se impraticáveis.

A cada intervenção dos países, Correa do Lago agradecia e dizia que o comentário seria incluído no relatório da sessão plenária. Mas a representante colombiana reclamou. “Você ignorou nossos pedidos antes de aprovar o documento. Não queremos que nossos apartes sejam incluídos no relatório da sessão”, mas sim que a objeção seja respeitada, disse ela.

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André Correa do Lago, então, decidiu suspender a sessão para consultar as partes que haviam se manifestado.

Enquanto a plenária se desenrolava, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, tuitou: “Não aceito que a declaração da COP não diga com claridade, com diz a ciência, que a causa da crise climática são os combustíveis fósseis que o capital usa.”

A Ailac (Associação Independente da América Latina e o Caribe), com a Colômbia à frente, já vinha reclamando nos bastidores da condução de Corrêa do Lago. Reclamavam que o Brasil, na condição de líder regional, não vinha acatando as opiniões do grupo, privilegiando seus próprios interesses.

No retorno da sessão, os documentos aprovados foram mantidos sem alteração. Apenas ficou decidido que os temas serão refinados ao longo dos próximos meses.

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