Presidente da Bayer diz que saldo da COP30 é ‘extremamente positivo’
Em fórum de VEJA, líder da multinacional no Brasil pondera que avanço é gradual e significativo
O presidente da Bayer no Brasil, Márcio Santos, descreveu o saldo da COP30, o evento climático sediado em Belém (PA), como “extremamente positivo”. O representante de uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo avalia que o agronegócio teve bastante espaço no evento, que terminou na última semana. “O saldo é extremamente positivo”, disse durante o Fórum VEJA Agro, que acontece nesta segunda-feira, 24, em São Paulo. “Foi a primeira vez que o agro estava tão presente em uma COP (conferência do clima das Nações Unidas)”, concluiu. O executivo participou do painel “O papel do agro brasileiro na transição energética global”, que se concentrou na posição do Brasil no mundo.
O líder regional da Bayer elogiou o AgriZone, espaço temático da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na COP30. “Estou voltando da COP muito impactado pelo que vi lá. Voltei muito otimista”. Luciane Bachion, sócia da Agroicone, concordou que o saldo da COP30 foi positivo e também frisou a importância do espaço mantido pela Embrapa: “Vimos ali a união de todo o setor. A despeito da competição de setores como cana e milho, para a preparação da COP teve essa união e nos colocamos como país”, disse durante o painel.
Santos, que nunca havia ido a uma COP, celebrou os diferentes atores presentes na conferência. Ele reconhece que o avanço na adoção do etanol, uma bandeira da Bayer, ainda precisa convencer negociadores internacionais, mas há oportunidades para o setor. Ao se deparar com ativistas protestando contra os combustíveis fósseis, pensou: “vi ali um campo de produção de etanol”. “Pode parecer ingenuidade, mas me parece que todos que estão protestando contra combustível fóssil estão a favor dos combustíveis renováveis (como o etanol)”, disse.
O potencial do etanol anima o agronegócio como um todo. Bachion lembra que mais de 60 países adotam uma mistura do biocombustível na gasolina, movimento liderado pelo Brasil, algo relevante mesmo com o avanço da eletrificação de veículos. “A eletrificação é uma solução e a bioenergia é outra solução, mas elas podem coexistir”, disse. A executiva afirma que o plantio de cana de açúcar com vista à produção de etanol também não compete com a produção de alimentos, sendo atividades que caminham lado a lado: “ela não prejudica a segurança alimentar”.
Sobre conquistas práticas da COP30 para o meio ambiente, o presidente da Bayer sugeriu que a agenda climática progride gradualmente ao longo das décadas. O executivo rememorar o fato de que foram necessários mais de 20 anos de discussão para que a comunidade internacional chegasse ao Acordo de Paris, em 2015. Acordo plurilaterais, ou seja, que envolvem alguns países, não todos os presentes no evento, são uma alternativa em meio à dificuldade de consenso. “Na COP30, 25 países indicaram que querem quadruplicar a produção de etanol. É um avanço importante”, diz Santos.
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