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Preços na indústria sobem em dezembro e fecham 2024 com alta de 9,42%

O IPP, que mede a inflação na porta da fábrica, fechou o ano com o quarto maior percentual anual desde o início da série histórica, em 2014

Por Redação
Atualizado em 4 fev 2025, 10h28 - Publicado em 4 fev 2025, 10h27

Os preços ao produtor do setor industrial avançaram 1,48% em dezembro de 2024, o décimo primeiro resultado positivo em sequência. Com isso, a inflação da indústria fechou o ano de 2024 com alta de 9,42%, quarto maior percentual anual desde o início da série histórica, em 2014. A alta de 2024 superou em mais de 14 pontos percentuais (p.p.) o índice registrado em 2023 (-4,99%). Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta terça, 4, pelo IBGE.

A inflação na indústria sinaliza preços que devem pesar no bolso do consumidor nos meses seguintes. Isso porque o IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

As atividades que, em dezembro de 2024, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, foram metalurgia (29,29%), fumo (19,25%), madeira (17,97%) e outros equipamentos de transporte (17,68%). Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de alimentos (3,48 p.p.), metalurgia (1,71 p.p.), outros produtos químicos (0,94 p.p.) e veículos automotores (0,36 p.p.).

Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, o resultado anual se estabelece a partir da variação de 7,52% em bens de capital (com influência de 0,58 p.p.), 8,49% em bens intermediários (4,73 p.p.) e 11,24% em bens de consumo (4,11 p.p.).

Resultado

Em relação ao mês de dezembro de 2024, a variação em comparação com o mês anterior foi de 1,48%. Em novembro, na comparação com outubro, a indústria havia registrado expansão de 1,25%.

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“O resultado do IPP em dezembro e no ano de 2024 como um todo pode ser explicado, parcialmente, pela alta recente e corrente do dólar. Isso porque o câmbio, pela ótica do produtor, impacta diversos setores da indústria. Em dezembro, o dólar teve um aumento de 5,0% frente ao real e terminou o ano com uma alta acumulada de 24,5%. Logo, praticamente todos os setores que se destacaram no indicador de longo prazo sofreram, em alguma medida, impacto do dólar: alimentos, metalurgia, químicos, fumo, madeira e outros equipamentos de transporte”, explica Murilo Alvim, analista do IPP.

No caso dos alimentos, a atividade foi responsável pela maior influência em dezembro (0,49 p.p.) e no indicador acumulado no ano (3,48 p.p.). “O resultado de dezembro pode ser justificado por fatores como uma demanda mais aquecida pelos produtos, o aumento das exportações, que acabam reduzindo a oferta no mercado interno, e, justamente por ser um produto exportável, é impactado também pela alta do dólar. Além das carnes, nesse mês também apareceram como destaques as altas observadas no suco de laranja e nos resíduos da extração de soja”, acrescenta Alvim.

Após o resultado de dezembro, o setor de alimentos fechou 2024 com uma alta acumulada de 14,08%, a variação positiva mais intensa da atividade desde dezembro de 2021 (18,66%). Segundo Alvim, “no indicador acumulado no ano, as carnes também apareceram como principal influência, mas houve ainda impacto causado pelas variações do café, cujo grupo econômico teve alta de 69,28% em 2024, por conta de um declínio global da oferta (impactada por condições climáticas e desafios de logística), e do óleo de soja, que também tem sofrido impacto do dólar, estando com as exportações aquecidas e com a oferta reduzida no mercado interno”.

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