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Por que o Brasil está sobrevivendo ao ‘tsunami’ financeiro internacional

Sangria global na terça-feira reflete-se no desempenho da bolsa na manhã desta quarta; Ibovespa cai e dólar sobe

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 nov 2018, 15h13 - Publicado em 21 nov 2018, 10h40

Nomes de efeitos climáticos voltaram a ser usados para qualificar a queda do mercado financeiro nos últimos dias. “Tsunami”, “tempestade” e “terremoto” são apenas alguns dos substantivos dados à queda dos principais índices de ações dos Estados Unidos. Apesar da histeria causada pela queda de ações de empresas de tecnologia, um índice tem se saído bem frente ao mundo – o Ibovespa. Um misto de sorte e otimismo.

Em dólar, até a terça-feira 20, o Ibovespa era o único entre as maiores bolsas do mundo que não apresentava perdas. Em reais – sem descontar a desvalorização cambial – o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo tinha ganhos de 15,1%. Como comparação, o S&P500 e o índice Dow Jones, dois dos principais índices americanos, estão em queda de 1% no ano.

O otimismo deve-se a dois fatores: uma presença menor de investidores estrangeiros na bolsa brasileira e a eleição de Jair Bolsonaro, e a consequente influência de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. “A gente andou bem no mês das pesquisas. O Ibovespa subiu 10% em outubro. E agora, o que temos são os nomes dos ministros, que são nomes técnicos. O namoro continua entre o mercado e o novo governo”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

A parte da sorte refere-se ao fato de que a bolsa brasileira estava fechada durante a sangria global, nesta terça-feira. Isso acabou blindando o indicador. Apesar disso, solavancos são esperados para os próximos dias, a começar por esta quarta-feira, 21.

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Apesar de a bolsa ter ficado fechada na terça devido ao feriado da Consciência Negra, títulos de empresas brasileiras foram negociados no exterior – as chamadas ADRs (American Depositary Receipts). Apenas gigantes brasileiros possuem ADRs e eles sofreram ontem. A Petrobras afundou 6,31%, a Vale caiu 4,53%, a Ambev perdeu 4,59% e o Itaú depreciou 3,65%. Isso apenas para falar das empresas mais valiosas.

As ações brasileiras sofreram devido à crescente aversão ao risco do mercado global, causado pela queda de receitas das empresas de tecnologia – em especial a Apple – e pela queda das cotações do petróleo. Isso levou os índices Dow Jones a ter uma queda de 2,2% e o S&P500 a perder 1,8% ontem.

Toda essa sangria reflete-se no desempenho da bolsa na manhã desta quarta. O Ibovespa caía 1,62%, aos 86.478 pontos, às 10h24. O dólar subia 0,85%, a 3,797 reais.

“Apesar da abertura negativa, deve haver alguma melhora ao longo do dia”, diz Galdi. Segundo ele, como os mercados tiveram uma queda muito acentuada, investidores devem aproveitar um efeito rebote, a chamada correção. “Os índices pelo mundo tiveram essa correção e isso deve se refletir por aqui”, avalia.

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