Novo Plano Safra supera em 27% o valor do último plano de Bolsonaro
O presidente Lula procura fortalecer laços com o agronegócio e coloca em foco a transição para práticas mais sustentáveis

O Plano Safra 2023/24, um programa federal anual para apoiar a produção agropecuária com empréstimos de baixo custo, foi anunciado nesta terça-feira, 27, no Palácio do Planalto. A nova edição contará com 364,2 bilhões de reais para médios e grandes produtores rurais, um aumento de 27% em relação ao plano anterior, mas abaixo da estimativa inicial, de 400 bilhões de reais.
A cerimônia contou com a presença de várias autoridades, incluindo o presidente Lula e vários ministros. Com o plano, o petista busca estreitar laços com o setor agropecuário, em grande parte, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele espera que o sucesso da nova edição melhore essa relação entre o seu governo e o setor.
Os recursos serão divididos entre custeio e comercialização (272,12 bilhões de reais) e investimentos (92,1 bilhões de reais), ambos com aumentos em comparação ao ano anterior. A taxa de juros para custeio e comercialização será de 8% ao ano para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
A edição atual também busca incentivar práticas sustentáveis no agronegócio. Produtores que cumprem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou adotam práticas agropecuárias mais sustentáveis receberão redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio. Esse é um passo inicial para transformar o Plano Safra em um programa de baixo carbono, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.