PIB na Europa e espera por Microsoft mantêm bolsas no azul
O Brasil acompanha a tendência positiva deste começo de dia à espera de dados do Caged
A economia da Zona do Euro avançou 0,3% no trimestre encerrado em junho, acima do 0,2% projetados. O resultado melhor que o previsto ajuda a colocar as bolsas no azul.
Existem dois dados “escondidos” que ajudam a explicar a subida das bolsas. O primeiro é o PIB alemão, que encolheu 0,1%. O dado fraco na maior economia do bloco ajuda a dar gás a uma possível nova queda na taxa de juros pelo BCE, isso após a primeira redução promovida em junho.
O segundo dado é de inflação. Na Espanha, os preços desaceleraram mais do que o previsto, para 2,9%, um número que também fortalece apostas de queda de juros e ajudam a impulsionar bolsas.
Do outro lado do Atlântico, os futuros dos principais índices de Wall Street avançam à espera do relatório Jolts, que aponta o número de vagas de trabalho à espera de trabalhadores, um dado que ajuda a medir a robustez da economia americana.
O mais importante, no entanto, é o balanço da Microsoft, que será divulgado apenas após o fechamento do mercado, isso após os dados decepcionantes de Tesla e Alphabet. Analistas avaliam que dados fracos da dona do Windows poderá puxar os mercados para o terreno negativo, porque confirmaria a tendência de piora nas condições da economia americana (e global) após um período longo de juros mais altos.
O Brasil acompanha a tendência positiva deste começo de dia, com o EWZ avançando 0,32%. A agenda será marcada pela divulgação do Caged, que deverá mostrar nova abertura de vagas formais de trabalho. Só que o mais importante também fica para o final do dia, quando o governo detalhará o corte de R$ 15 bilhões em gastos para cumprir a meta fiscal de 2024.
O dia é relativamente negativo para as commodities, o que em geral não ajuda a bolsa brasileira. Nesta manhã, o petróleo é negociado abaixo do patamar simbólico de US$ 80 por barril. Ainda assim, a Petrobras avança, isso após a estatal ter anunciado os dados de produção do segundo trimestre, uma espécie de “prévia” do balanço financeiro do período. Bons negócios.