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PIB do Brasil cresce o mesmo que o da China no 3º tri. Veja o ranking

Ranking da agência classificadora de risco Austin Ratings mostra o Brasil na décima posição, ao lado de China e Israel

Por Camila Pati, Juliana Elias Atualizado em 3 dez 2024, 14h03 - Publicado em 3 dez 2024, 11h46

No terceiro trimestre, o Brasil registrou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 3. O resultado posiciona o país ao lado de potências como a China, que alcançou o mesmo índice no período. Conforme mostra o ranking produzido pela agência classificadora de risco Austin Ratings, o crescimento brasileiro no terceiro trimestre supera economias como a de Estados Unidos (0,7%), Japão (0,2%) e Alemanha (0,1%) e está alinhado com o de Indonésia, Israel, China e Espanha. O Brasil ficou atrás de países como México (1,1%), mas à frente de vizinhos como Colômbia (0,2%) e Chile (0,7%).

Embora seja um crescimento da magnitude do registrado pela China, o resultado não serve para atrair investimentos e estancar a fuga de capital que levou a cotação do dólar para as alturas nos últimos meses. Isso porque os investidores estão mais preocupados com o resultado de longo prazo da economia. “O mercado financeiro sempre analisa investimentos, com a expectativa de resultado futuro, e por isso precisamos cuidar que esse resultado seja sustentável no longo prazo, porque é isso que vai atrair investidores”, diz o economista e professor da Faculdade do Comércio Denis Medina. 

Em outubro, a dívida pública brasileira chegou a 9 trilhões de reais, ou seja, 78,6% do PIB, aumentando a desconfiança dos investidores em relação à sustentabilidade das contas do Brasil.  “A questão fiscal nos dá uma visão de longo prazo muito ruim, de falta de compromisso com o equilíbrio fiscal do país”, diz Medina.

No ranking do PIB em dólares correntes, produzido pela Austin Ratings, com atualização dos dados divulgados pelo FMI no final de outubro, o Brasil deve ocupar a 10ª posição em 2024, uma piora que ,segundo a agência classificadora de risco, “se deve à desvalorização do real entre abril e outubro da ordem de 13%, mesmo com a melhora da estimativa de crescimento acima de 3%”.  Na divulgação realizada em abril pelo FMI, o PIB brasileiro havia subido para a 8ª posição, contra a 9ª posição ocupada em 2023. Os cálculos não consideram a forte desvalorização do real sofrida em novembro e que pode fazer com que o Brasil seja ultrapassado pela Rússia e caia para a 11ª posição.

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