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PetroReconcavo: Júnior com alma de veterana

A petroleira baiana se firmou como referência entre as independentes, aliando eficiência, rentabilidade e apetite por crescimento

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2025, 06h00

Foi em Candeias, na região metropolitana de Salvador, que o Brasil iniciou sua trajetória no petróleo. Ali, em 1941, descobriu-se e colocou-se em produção o primeiro campo do país. Por décadas, o Recôncavo Baiano concentrou a maior parte da produção nacional, até que as descobertas de grandes reservas na costa do Rio de Janeiro, dos anos 1970 em diante, deslocaram o eixo da exploração do Nordeste para o Sudeste. Naquele mesmo pedaço de terra, berço da indústria petrolífera brasileira, nasceria em 2000 a PetroReconcavo, uma das primeiras companhias nacionais criadas após a Lei do Petróleo de 1997, que pôs fim ao monopólio da Petrobras e abriu o setor à iniciativa privada. Jovem perto da Petrobras, mas veterana entre as petroleiras independentes que floresceram após a abertura do setor, a PetroReconcavo se tornou referência de eficiência e rentabilidade. Essa combinação a levou a ser reconhecida como a empresa de destaque do setor de petróleo e gás no prêmio VEJA TOP30. “Fechamos nosso primeiro contrato há 25 anos para operar doze campos da Petrobras que estavam em declínio”, afirma o presidente José Firmo. “Eles iam morrer em oito anos, e nós estendemos a produção por mais duas décadas.”

O presidente José Firmo: “Nossa melhor arma é ter custo baixo”
O presidente José Firmo: “Nossa melhor arma é ter custo baixo” (./Divulgação)

A PetroReconcavo atua na produção em terra e na exploração dos chamados campos maduros — áreas mais antigas, já em operação e com potencial de revitalização. Seus poços se espalham pela Bahia e pelo Rio Grande do Norte, enquanto a empresa amplia sua presença no fornecimento de gás natural para a indústria. Prio, Brava, Origem e Carmo Energy — todas brasileiras — integram o mesmo grupo das chamadas junior oils, companhias que se multiplicaram após 2015, quando a Petrobras iniciou o processo de desinvestimento em campos maduros e fora do pré-sal. Foi aproveitando esse movimento que a PetroReconcavo arrematou os seus primeiros ativos, em 2019, abriu capital na B3, em 2021, e deu um salto de escala. “Saímos de uma produção de 5 000 barris por dia para 27 000”, diz Firmo.

O desafio é manter o ritmo de crescimento sem comprometer a rentabilidade. Desde que a Petrobras interrompeu o programa de venda de ativos, com a chegada do governo Lula, em 2023, o mercado de oportunidades encolheu, enquanto a queda no preço do barril adicionou pressão ao mercado. Depois de permanecer acima de 80 dólares até o ano passado, o petróleo recuou para a faixa dos 60 dólares em 2025. Ainda assim, a PetroReconcavo está bem posicionada. “A companhia tem endividamento muito baixo e, mesmo com o petróleo barato, mantém uma geração de caixa robusta”, diz Fabiano Vaz, sócio da casa de análises Nord Research.

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Com uma operação diversificada e lucros consistentes, a PetroReconcavo se consolidou como uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa. O retorno ao acionista está em torno de 17%, considerando a relação entre os lucros distribuídos e o preço da ação. “A melhor arma para operar com petróleo barato é ter custo baixo, e nisso a PetroReconcavo é referência no Brasil”, diz Firmo. Mais madura e eficiente, a empresa segue ampliando sua presença no setor e mostrando que ainda tem muito espaço para crescer no mercado brasileiro.

Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19

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