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Petróleo em alta, varejo em baixa: as ações que mais subiram e mais caíram

Produtoras de commodities como Petrobras e CSN Mineração, além do grupo de educação Yduqs, estão entre as empresas que mais se valorizaram no ano

Por Juliana Elias
Atualizado em 29 dez 2023, 17h25 - Publicado em 29 dez 2023, 17h24

O Ibovespa, índice que reúne as ações das maiores empresas listadas na B3, encerrou 2023 com uma valorização de 22,3% e batendo os 134.185 pontos – muito próximo de seu recorde histórico, de 134.194, marcado apenas um dia antes após um rali de altas nos últimos dias do ano. O último pregão da bolsa brasileira aconteceu na quinta-feira, 28. Foi a maior alta anual desde 2019, último ano antes do estouro na pandemia no Brasil e no mundo.

O forte avanço, entretanto, contém histórias bem diferentes. Na ponta das ações que mais valorizaram, há destaques importantes entre fornecedoras de commodities, caso da CSN Mineração, que subiu 119% no rastro de um minério de ferro em disparada, bem como da Petrobras, com altas superiores a 70% em um ano em que, a despeito do alívio recente, o barril de petróleo se manteve acima dos US$ 80 na maior parte do tempo.

Na liderança, há ainda outras duas que viram as suas ações mais do que dobrar de preço: a Ultrapar, dona da rede de postos Ipiranga, com avanço de 114,7%, e a campeã Yduqs (123,2%), grupo de ensino dono da Estácio e do Ibmec e que surfa com o crescimento do ensino à distância, além de outros de seus nichos de educação. “Várias dessas empresas são muito sensíveis às taxas de juros, e também sofreram muito nos últimos anos, com os juros altos”, diz o líder de renda variável da Manchester Investimentos, Marco Noernberg, citando casos como o da Yduqs, CSN, Cyrela e BRF, todas entre as dez maiores altas de 2023. “Agora elas se beneficiam dos cortes de juros. A redução dos juros ajuda as ações como um todo, mas aquelas que mais caíram no passado são, muitas vezes, as que conseguem se recuperar mais rápido quando se vê um cenário menos adverso à frente”

Na ponta oposta, há também empresas com perdas expressivas. Em um ano marcado por uma crise espraiada pelo varejo, inclusive com algumas indo parar em um processo de recuperação judicial, vem do setor muitas das companhias que mais perderam na bolsa em 2023.

É o caso das Casas Bahia, que caiu 81% e teve o pior desempenho do Ibovespa no ano. As redes de supermercados Pão de Açúcar (-40,7%) e Assaí (-30,2%, os petshops Petz (-36,7%) e o Grupo Soma (-25,6%), das lojas Animale e Farm, são outras dessa lista que também não conseguiram ficar no azul mesmo em um ano de volta do otimismo para a bolsa de valores.

Os dados foram compilados por Einar Rivero, consultor da Elos Ayta Consultoria. Veja a seguir as ações do Ibovespa que mais subiram e as que mais caíram em 2023:

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Maiores altas

Yduqs (YDUQ3): 123,19%

CSN Mineração (CMIN3): 119,33%

Ultrapar (UGPA3): 114,66%

Petrobras PN (PETR4): 96,04%

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Cyrela (CYRE3): 93,51%

Banco do Brasil (BBAS3): 76,18%

Petrobras ON (PETR3): 75,06%

IRB Brasil (IRBR3): 71,71%

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BRF (BRFS3): 66,79%

Cogna (COGN3): 64,62%

Maiores quedas

Casas Bahia (BHIA3): -81,02%

Pão de Açúcar (PCAR3): -40,66%

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Minerva (BEEF3): -38,88%

Petz (PETZ3): -36,73%

Alpargatas (ALPA4): -32,89%

PetroReconcavo (RECV3): -31,06%

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Assaí (ASAI3): -30,22%

3R Petroleum (RRRP3): -29,28%

Grupo Soma (SOMA3): -25,63%

CVC (CVCB3): -22,05%

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