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Petróleo e elevação do rating brasileiro guiam Ibovespa

Abertura de mercado: A commodity sobe a US$ 75 por barril, muito distante dos preços máximos do ano, na casa dos US$ 90

Por Tássia Kastner
2 out 2024, 08h30

O conflito no Oriente Médio, que agora envolve, além de Israel e Palestina, o Líbano e o Irã, começa a deixar suas marcas no mercado financeiro. A mais proeminente é a alta do petróleo, mas há ainda a queda nos futuros americanos e o desempenho misto dos índices europeus.

Ainda assim, os reflexos são relativamente comedidos. O petróleo, por exemplo, sobe a US$ 75 por barril, muito distante dos preços máximos registrados em 2024, na casa dos US$ 90. Isso porque o conflito segue aparentemente localizado enquanto há incerteza sobre a real demanda pela matéria-prima, justamente em um momento em que a Arábia Saudita está mais disposta a elevar sua produção.

Futuros repiques dependem mais de um agravamento do conflito, algo que não parece ser uma grande aposta dos investidores.

Os futuros americanos recuam nesta manhã. O dia, no entanto, tende a ser pautado pelo noticiário interno. Os Estados Unidos publicam hoje o relatório ADP, que mostra a abertura de vagas de trabalho no setor privado. Ontem, o relatório Jolts de vagas abertas mostrou uma expansão do emprego acima do esperado por analistas, o que coloca em xeque as apostas para o tamanho do próximo corte de juros nos EUA.

No Brasil, o pessimismo da Faria Lima ganhou um rival à altura. A agência de classificação de risco Moody’s decidiu elevar a nota de risco do Brasil Ba2 para Ba1, apenas um degrau abaixo do grau de investimento. A perspectiva é positiva, o que significa que a tendência é de nova elevação do rating quando houver uma nova avaliação do país.

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Rating mais alto significa que o país oferece um menor risco de calote no pagamento da dívida pública, o que, por sua vez, reduz a taxa de juros que investidores cobram para financiar o governo. Trata-se de uma decisão que deverá gerar uma espécie de queda de braço no mercado de juros, já que investidores brasileiros vinham apostando na alta das taxas para enfrentamento da inflação.

Agenda do dia

9h: IBGE divulga produção industrial de agosto 
9h15: EUA publicam relatório ADP com criação de empregos no setor privado de setembro 
10h: Beth Hammack (Fed/Cleveland) discursa em fórum
11h05: Alberto Musalem (Fed/St.Louis) discursa em conferência institucional
11h30: EUA divulgam estoques de petróleo da semana até 27/9    
14h30: BC publica fluxo cambial semanal   
12h: Michelle Bowman (Fed) discursa em evento   
12h30: Tom Barkin (Fed/Richmond) discursa em evento
20h: Campos Neto palestra em evento

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