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Petrobras surpreende e destrona Nestlé como maior pagadora de dividendos

Companhia pagou 9,7 bilhões de dólares aos acionistas no segundo trimestre, maior valor em um ranking que analisa pagamentos de 1,2 mil empresas globais

Por Luana Zanobia Atualizado em 25 ago 2022, 16h23 - Publicado em 25 ago 2022, 14h55

A alta dos preços do petróleo no mercado internacional ajudou a impulsionar o resultado das petroleiras. A brasileira Petrobras pagou 9,7 bilhões de dólares aos acionistas no segundo trimestre, acima do 1 bilhão de dólares no mesmo período do ano passado, se tornando a maior pagadora de dividendos do mundo, de acordo com o Global Dividend Index (Índice Global de Dividendos, na tradução em inglês), que analisa os pagamentos de 1.200 empresas de todo o mundo.

Na ordem, a companhia ficou em primeiro desbancando a suíça Nestlé, que nos últimos sete trimestres encabeçou ou foi a segundo colocada na lista de maior pagadora de dividendos. Seguindo Petrobras e Nestlé estão, na ordem, Río Tinto, China Mobile, Mercedes-Benz, BNP Paribas, Ecopetrol, Allianz, Microsoft e Sanofi. O índice publicado pela corretora inglesa Janus Henderson Investors mostra que os aumentos dos fluxos de caixa corporativos nos mercados emergentes foram impulsionados pelo setor petrolífero. “A alta dos preços do petróleo gerou 14 bilhões em aumentos de pagamentos, mais da metade dos quais vieram da Petrobras e grande parte do restante da Ecopetrol na Colômbia (que incluiu um dividendo especial)”, diz o relatório. Devido à escalada nos preços, a Petrobras aumentou seus pagamentos aos acionistas em 7 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano.

O destaque não é apenas brasileiro – 94% das empresas globais aumentaram os pagamentos ou os mantiveram estáveis no segundo trimestre. Os dividendos globais subiram 11,3% para uma alta trimestral histórica de 544,8 bilhões de dólares. O crescimento foi de 19,1%, uma vez que a força do dólar americano e outros fatores foram levados em consideração. “Apesar da significativa perturbação econômica causada pela pandemia, os dividendos globais superaram os níveis pré-pandemia. Além disso, a recuperação é tão forte que os dividendos estão agora apenas 2,3% abaixo da tendência de longo prazo”, aponta o relatório.

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No Brasil, os dividendos das empresas brasileiras atingiram 10,4 bilhões de dólares no segundo trimestre de 2022, acima dos 4,2 bilhões de dólares na comparação com o mesmo período do ano passado, e o maior total desde 2009, quando a pesquisa foi iniciada.

A JBS e Bradesco também aparecem no índice de maiores pagadoras, com distribuição de 465 milhões de dólares e 219 milhões de dólares, respectivamente. “O segundo trimestre foi um pouco acima das nossas expectativas, mas é improvável que vejamos um crescimento tão forte no resto do ano. Muitos dos ganhos fáceis já foram obtidos, pois a recuperação pós-Covid-19 está quase completa. Também estamos enfrentando uma economia global significativamente mais lenta e o vento contrário da força do dólar americano”, diz Ben Lofthouse, chefe de ativos globais da Janus Henderson Investors. Para o analista, na América Latina, a continuidade dos preços fortes e o aumento dos ganhos em moeda local devido à forte valorização do dólar – que é a moeda global para todas essas indústrias de exportação – ainda devem manter os fluxos de caixa locais em níveis historicamente altos.

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