Petrobras reduz preço do diesel e acaba com frequência mínima de reajuste
Estatal afirma que mudança na política vai possibilitar a empresa competir de maneira mais eficiente e flexível
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 11, o fim do intervalo mínimo de reajustes, que já havia sido modificado em março. Informou também queda de 4,6% no preço do diesel.
“A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando à companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”, informa a empresa em comunicado.
Segundo a estatal, a aplicação imediata desta revisão permitirá, no momento, reduzir os preços do diesel “acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias”.
Com redução de R$ 0,10 por litro, o óleo diesel passará a ser vendido pelas refinarias da estatal, em média, a R$ 2,0664 por litro.
O último reajuste no preço do diesel havia sido anunciado no dia 31 de maio, quando o valor de venda pelas suas refinarias caiu em média 6%.
De acordo com dados da agência estatal americana EIA, de informações em energia, o preço do óleo diesel no Golfo do México caiu 1,7% entre o fim de maio e o início desta semana.
Havia muita insatisfação entre os caminhoneiros com a escalada dos preços neste ano. Jair Bolsonaro chegou a telefonar ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para alertar sobre riscos de paralisação após anúncio de reajuste de 5,7% em abril. O recuo no aumento fez a companhia perder R$ 32 bilhões em valor de mercado no dia seguinte.
Na nota divulgada ao mercado, a Petrobras diz que a mudança na política de preços lhe permite competir “de maneira mais eficiente e flexível”. A anterior engessava a área comercial da estatal e abria oportunidades para importações privadas diante da queda das cotações internacionais.
A empresa informou que sua política de preços continua baseada no conceito de paridade de importação, que consiste no acompanhamento das cotações internacionais, incluindo o custo para trazer os produtos ao país.
Na última segunda (10), a estatal havia anunciado corte de 3% no preço da gasolina, o terceiro desde o dia 24 de maio.