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Petrobras anuncia fim da paridade internacional e nova política de preços

Estatal não apresentou nova fórmula de cálculo e afirmou que se baseará em "custo alternativo do cliente" e "valor marginal para a Petrobras"

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 Maio 2023, 15h07 - Publicado em 16 Maio 2023, 08h39

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 16, o fim da política de paridade de preços do petróleo com o dólar e o mercado internacional. Na prática, é o fim da PPI, alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na campanha eleitoral, o petista criticava o combustível dolarizado e afirmava ser necessário nacionalizar o preço.

A política de paridade havia sido estabelecida em 2016 pelo governo de Michel Temer. Com isso, não havia intervenção nos preços praticados no diesel, gasolina e gás de cozinha pela petroleira. Eles eram regulados pelo mercado internacional, conforme a variação do barril de petróleo e o câmbio. 

No comunicado divulgado nesta terça, a petroleira anunciou o fim do mecanismo automático. “Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz o comunicado.

Segundo a nota oficial da Petrobras, a nova “estratégia comercial” usa duas referências de mercado. A primeira é chamada de “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e a segunda é classificada como o “valor marginal para a Petrobras”. O comunicado da Petrobras, entretanto, não apresenta uma fórmula clara indicando qual será o peso de cada fator no novo cálculo.

“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explica o comunicado da Petrobras. Já o “valor marginal”, de acordo com a estatal,  é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

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A Petrobras afirma que a mudança traz mais flexibilidade para praticar preços competitivos, “se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, diz o texto.

Na última sexta-feira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a petroleira manteria a competitividade em relação ao mercado internacional.  “Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso. E também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017, o que levou à crise enorme da greve dos caminhoneiros”, afirmou ele, na ocasião.

Prates disse também que, mesmo com a mudança, a Petrobras continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna. “Nós não vamos perder venda. Não vamos deixar de ter o preço mais atrativo para os nossos clientes.” O presidente mencionou também a produção brasileira dentro da composição de preços, citando a estrutura de escoamento, de transporte, a capacidade de refino e a fonte de petróleo do país.

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