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Pedidos semanais de seguro-desemprego saltam nos Estados Unidos (e ninguém deu bola)

Alta foi localizada no estado de Nova York, onde a lei permite que funcionários de escola peçam o benefício na semana de recesso de primavera

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 Maio 2025, 16h17 - Publicado em 1 Maio 2025, 16h10

Os Estados Unidos registraram 241 000 pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana encerrada em 26 de abril, segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira 1 pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou bem acima do esperado pelo mercado. Segundo a imprensa americana, a média das projeções apontava para algo ao redor de 225 000 solicitações. O resultado é 8% maior que os 223 000 pedidos apresentados na semana de 19 de abril.

Para os analistas, há uma explicação simples para o número bem acima do esperado. A alta das solicitações não foi generalizada. Pelo contrário: concentrou-se no estado de Nova York, onde a lei permite que determinados funcionários de escolas, como os motoristas de ônibus escolares, peçam o seguro-desemprego durante o recesso de primavera que, neste ano, ocorreu na semana de 14 a 18 de abril – justamente a retratada pela pesquisa. Com o retorno dos alunos às aulas, em 21 de abril, espera-se que a demanda recue.

O principal sinal de que os números divulgados hoje não foram lidos, pelo mercado, como uma piora da economia é a alta generalizada das bolsas americanas. Por volta das 15h12, o índice Dow Jones subia 0,63%; o S&P 500, 1,23%. O Índice Nasdaq apresentava um ganho ainda mais pronunciado de 2,23%, devido à sua grande exposição a ações do setor de tecnologia. Os bons resultados do primeiro trimestre, divulgados pela Microsoft e pela Meta, a holding que controla o Facebook, animam o pregão.

Um dado, contudo, deixa parte dos economistas em alerta. O número total de beneficiados pelo seguro-desemprego, que considera os pedidos iniciais e quem está desemprego há mais tempo, fechou a semana retrasada em 1,92 milhão de pessoas. Trata-se do maior patamar desde a semana de 13 de novembro de 2021, quando alcançou 1,97 milhão. Além disso, o número é 8% superior ao 1,77 milhão de indivíduos que recebiam a assistência na mesma semana do ano passado.

Os analistas destacam ainda o contínuo aumento do número de segurados ao longo de abril. Na primeira semana do mês passado, por exemplo, havia 1,88 milhão de beneficiados. Quem prefere olhar esse dado afirma que já existe uma tendência de alta do desemprego nos Estados Unidos que se acentuará nos próximos meses. Mais do que fatores sazonais como a semana de recesso das escolas nova-iorquinas, os especialistas temem o impacto do tarifaço do presidente Donald Trump na economia americana.

Ontem, o Bureau de Análises Econômicas (BEA, na sigla em inglês), informou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,3% no primeiro trimestre, que coincidiu com o início do mandato de Trump, empossado em 20 de janeiro. É preciso lembrar, porém, que o “Dia da Libertação” ocorreu apenas em 2 de abril, já no segundo trimestre. Nesse dia, o republicano assinou a ordem executiva que estabelece tarifas recíprocas às importações de mais de 150 países. Sete dias depois, no entanto, a Casa Branca suspendeu as sobretaxas por noventa dias, a fim de negociar com os parceiros comerciais.

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