ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem mais que o esperado, mas preocupação persiste

Para analistas, já há sinais de que o tarifaço de Trump freou a economia americana e o impacto no mercado de trabalho é apenas questão de tempo

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2025, 11h05 - Publicado em 8 Maio 2025, 10h58

O mercado de trabalho dos Estados Unidos segue dando sinais de força, apesar dos temores de que o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump às importações pressione a economia. Na semana encerrada em 3 de maio, os pedidos iniciais de seguro-desemprego somaram 228 000. O número representa uma queda de 13 000 solicitações em relação à semana anterior. Além disso, ficou também abaixo das expectativas. Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, por exemplo, projetavam 230 000 pedidos. A comparação também é ligeiramente favorável com a mesma semana do ano passado, quando foram 229 000 americanos solicitaram a assistência.

A melhora foi vista ainda no total de desempregados que recebem atualmente o seguro-desemprego. Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, na semana encerrada em 26 de abril, 1,879 milhão de pessoas contavam com a ajuda, uma redução de 29 000 sobre o 1,908 milhão registrado na semana anterior. A comparação com a mesma semana do ano passado, porém, é desfavorável, já que, naquele período, o contingente de desempregados assistidos era menor: 1,786 milhão.

O resultado reverte o salto visto na semana passada, quando o recesso escolar no estado de Nova York fez o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego crescerem 8% e somarem 241 000 na semana encerrada em 26 de abril. A lei nova-iorquina permite que certos funcionários das escolas, como os motoristas de ônibus, possam pedir o benefício na semana de recesso da primavera. Neste ano, o descanso ocorreu de 14 a 18 de abril – justamente, o período retratado na pesquisa da semana passada. Os alunos voltaram às aulas em 21 de abril.

Para os economistas, os bons resultados mostram apenas que o mercado de trabalho ainda não foi impactado pela guerra tarifária deflagrada por Trump contra mais de 150 países. Os analistas afirmam que é apenas uma questão de tempo para que as incertezas que já esfriam os investimentos das empresas americanas atinjam o nível de emprego.

Dois indicadores divulgados nos últimos dias já mostram sinais de que a economia americana está desacelerando. Após dois meses de crescimento, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços recuou para 48,9 pontos em abril, segundo a S&P Global, responsável pela pesquisa. O PMI é um índice acompanhado de perto pelos economistas, pois fornece dados sobre o nível de produção, encomendas , estoques e contingente empregado pelas empresas. O índice varia em uma escala de zero a 100 pontos. Resultados abaixo de 50 pontos representam contração da atividade. Acima disso, pelo contrário, o ritmo é de expansão.

Continua após a publicidade

Já o PMI composto, que agrega todos os setores da economia, recuou de 53,5 pontos em março para 50,6 pontos no mês passado. O resultado é o menor desde setembro de 2023. Para a S&P Global, isso indica que os Estados Unidos estão no limiar de uma contração econômica.

Veja o release do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos sobre os pedidos de seguro-desemprego desta semana:

Continua após a publicidade

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.