Passagens aéreas a R$ 200: o novo plano do governo Lula com foco social
Voa Brasil prevê bilhetes com preço popular para estudantes, aposentados e pensionistas com renda até R$ 6,8 mil
O governo federal planeja colocar em vigor um programa social para facilitar o acesso a viagens aéreas para estudantes, aposentados, pensionistas e servidores públicos. Chamado de “Voa Brasil”, a proposta tem como objetivo oferecer voos a valores populares para uma faixa da população.
O ministro de portos e aeroportos, Márcio França, a iniciativa será formatada para um público que ganha até 6,8 mil reais por mês, afirmou em entrevista à CNN Brasil. Essas pessoas poderão comprar duas passagens por ano ao preço 200 reais cada. O programa prevê o parcelamento de 12 vezes por meio de financiamento da Caixa.
Além do público-alvo citado pelo ministro, pessoas que não se encaixem nos critérios mas tenham renda de até 6,8 mil reais, também podem ter acesso as passagens baratas, mas neste caso não terão opção do parcelamento.
“Hoje, nós temos em média 90 milhões de passagens aéreas emitidas por ano no País. Esse montante de viagens é feito por apenas “10 milhões de CPFs”, ou seja: as mesmas pessoas voam várias vezes”, afirmou o ministro em sua conta do Twitter.
A ideia do presidente @LulaOficial é que isso mude. Tem um monte de gente que mora distante da família e não consegue visita-la, por conta dos altos preços. E, por outro lado, tem avião decolando com cadeira vazia. Ruim para a população e para as empresas aéreas.
— Márcio França (@marciofrancasp) March 13, 2023
Baixa temporada
A oferta de passagens ficará restrita a meses “intermediários” das temporadas nos aeroportos, isto é, partir da segunda metade de fevereiro até junho, e depois nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro.
O plano do Ministério de Portos e Aeroportos é iniciar o programa no segundo semestre, utilizando 5% da capacidade ociosa das aeronaves. A porcentagem vai escalonando a cada semestre, até chegar a 20% no quarto semestre de funcionamento da política.
Segundo França, o programa tem potencial de impacto no preço das passagens como um todo, porque irá diminuir a ociosidade das empresas.