Padilha diz que há pressa para o arcabouço, mas ainda não há data
Ministro afirma que novas regras têm como objetivo dar fortes sinalizações para investidores e atores econômicos
A expectativa pela apresentação do novo arcabouço fiscal está alta não apenas entre agentes do mercado financeiro, mas também dentro do governo Lula. Nesta quarta-feira, 29, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a gestão tem a intenção de enviar a regra o mais rápido possível, como forma de “dar uma sinalização forte para os investidores e os atores econômicos”, porém voltou a repetir que não há um calendário definido para a apresentação do projeto.
Ainda nessa quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir com Lula e seu colega da Casa Civil, Rui Costa, para fechar os últimos detalhes da regra fiscal, além de voltar a conversar com líderes parlamentares nos próximos dias. De acordo com Padilha, a relação com o parlamento é fundamental e há uma sinalização positiva para uma rápida tramitação da matéria depois de sua chegada ao Congresso Nacional. “Há um ambiente muito positivo para termos uma regra crível, que passe credibilidade e ultrapasse o governo Lula. Vai ser uma regra estável, para permitir planejamento em quem quer investir no país”, disse o ministro.
O novo arcabouço fiscal é o conjunto de regras que deve substituir o teto de gastos. Havia expectativa que o projeto fosse entregue antes do Copom, mas ficou para depois da viagem de Lula à China. Com o adiamento da visita, o texto deve ser entregue “nos próximos dias” e conversará com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que precisa chegar o Congresso até o próximo dia 15.