Pacote de medidas para atenuar efeitos do tarifaço sai nos próximos dias, diz Haddad
Plano terá medidas de apoio e proteção à indústria brasileira, aos empregos e aos setores afetados do agronegócio
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo anunciará nos próximos dias um conjunto de medidas para atenuar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo ele, os atos já estão sendo preparados na Fazenda para envio à Casa Civil. O pacote deve incluir apoio à indústria, preservação de empregos e, “quando for o caso”, medidas para o agro, com linhas de crédito calibradas por setor e conforme a necessidade de cada cadeia.
“Nós vamos lançar parte do nosso plano previsto, vai ser apreciado para ser lançado nos próximos dias, de apoio à proteção à indústria brasileira, aos empregos no Brasil, ao agro também, quando for o caso, que há casos em que isso pode acontecer. Dentro do plano de contingência já havia a previsão de medidas nessa direção, nós vamos agora calibrar, justamente para, à luz do que foi anunciado ontem, nós vamos fazer a calibragem para que isso possa acontecer o mais rápido possível”, disse o ministro.
O governo ainda está avaliando quais os setores mais afetados e efeitos “ Ás vezes o setor é muito pequeno, aí você fala, não precisa priorizar, mas às vezes ele é muito frágil. Então tem setores que na pauta de exportação ele não é significativo, mas o efeito sobre ele é muito grande. Então é isso que está sendo feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e pela Secretaria de Política Econômica, para que nós possamos, no anúncio do plano de contingência, delimitar as linhas de crédito, o apoio que vai ser dado a cada um, e a cada um segundo a sua necessidade, porque às vezes o setor é pequeno, mas é importante para o Brasil manter os empregos e tal.”
O ministro disse o Brasil seguirá negociando com Washington e com organismos internacionais. “Nunca saímos da mesa; não é agora que vamos sair”, disse. Para o ministro, a orientação do governo é buscar mais integração, não menos. Ele argumentou que, ao longo dos anos, a participação dos EUA nas exportações brasileiras recuou, de cerca de 25% em 2003 para 12% atualmente, segundo ele, e que a política comercial deve preservar um equilíbrio entre principais parceiros, evitando dependência de qualquer bloco.
Brasil continua negociando. “O ponto de partida é melhor do que se esperava, mas estamos longe do ponto de chegada”, disse Haddad.
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