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Os prós e contras das medidas de Donald Trump para o Brasil (por enquanto…)

As tarifas para Canadá e México podem, a princípio, beneficiar o país. Já o decreto anti terroristas pode prejudicar, caso seja incluído

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 fev 2025, 14h50 - Publicado em 2 fev 2025, 14h31

Desde que tomou posse, em 20 de janeiro, Donald Trump tem causado polêmica com seus decretos e decisões linha dura. Além da deportação dos imigrantes ilegais, uma das maiores diz respeito às taxas de 25% para os produtos do Canadá e México, medida que passou a valer neste sábado, 1º, junto com tarifas de 10% a itens chuneses. O Brasil não entrou na taxação, mas a escalada da guerra comercial tem consequências em todo mundo, inclusive aqui. 

A princípio, segundo especialistas, as tarifas aplicadas apenas para o Canadá e México poderiam beneficiar o Brasil, já que se abrirá uma lacuna no mercado americano, que poderá ser preenchida por produtos brasileiros. Com as altas taxas para as duas nações, o país seria mais procurado por importadores dos Estados Unidos. Em contraponto, à medida que o Brasil ganhe espaço, pode chamar a atenção do presidente norte-americano para também taxá-lo.

Impacto num futuro próximo?

Outra medida, que Trump assinou no seu primeiro dia de seu mandato, e que pode impactar o Brasil num futuro próximo é o decreto que classifica cartéis e organizações criminosas transnacionais como terroristas globais.

Embora não mencione o país, a medida envolve grupos de países da América Latina como Tren de Aragua (Venezuela) e Mara Salvatrucha (El Salvador), o que abre precedente para a inclusão de organizações criminosas brasileiras como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho e, consequentemente, sanções econômicas e comerciais, além de bloqueios financeiros e maior interferência militar e diplomática no Brasil, já que o decreto permite bloqueio de bens, deportações e sanções unilaterais contra esses grupos.

Segundo o documento, o Departamento de Estado dos EUA tem 14 dias para apresentar uma lista oficial das organizações que serão categorizadas como terroristas, mas, de acordo com a legislação antiterrorismo americana, os EUA podem congelar ativos, restringir negociações comerciais e bloquear investimentos com empresas de países que tenham organizações classificadas como terroristas em seu território.

Mesmo o PCC e o Comando Vermelho ainda não tendo o mesmo alcance de atuação internacional que os cartéis mexicanos, por exemplo, não se trata apenas do tamanho da organização criminosa, mas sim se atua em regiões de interesse dos EUA. Assim, como o texto assinado por Trump não apresenta regras severas sobre essa classificação, podem usar como uma política de acordo com seus interesses.

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