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Os acenos de Lula para tentar conquistar o agronegócio

Petista busca aproximação com o setor e angaria importantes interlocutores para atrair esse eleitorado

Por Luana Zanobia Atualizado em 13 out 2022, 17h32 - Publicado em 13 out 2022, 11h52

A poucos dias para a decisão no segundo turno, os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) estão intensificando suas agendas de campanha para tentarem roubar uma parcela do eleitorado do oponente. Enquanto Bolsonaro aparece em rede nacional em um programa eleitoral na televisão com uma família de baixa renda, Lula busca aproximação com o agronegócio, setor que representa uma das grandes bases de apoio de Bolsonaro.

Em suas entrevistas recentes, o petista tem ressaltado a importância do agro para a economia e tem dado fortes sinalizações que o setor será uma de suas prioridades, mas sem descartar o compromisso ambiental. “O problema grave hoje é que o agronegócio pode ser vítima do próprio agronegócio se não tivermos empresários com a mentalidade de que o planeta está pedindo socorro. A questão do clima não é mais secundária, mas de sobrevivência da humanidade e produzir uma agricultura saudável e de baixo carbono é obrigação nossa”, disse em coletiva de imprensa ao lado de seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e de Simone Tebet (MDB), ambos interlocutores importantes para a aproximação do petista com o setor.

O apoio de Tebet ao candidato tem sido um dos grandes trunfos nessa área. A senadora teve 5 milhões de votos e possui uma interlocução especial com o agronegócio. Tebet é senadora pelo Mato Grosso do Sul, estado referência para o setor e um dos redutos em que Bolsonaro venceu o pleito, assim como também as regiões de forte atividade agrária Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

Mas Tebet trabalha para virar alguns desses votos para o petista. “Nós podemos reverter detalhando claramente o programa de governo do presidente Lula para o agronegócio”, disse, em entrevista coletiva, na última semana. Tebet confirmou que vai participar de atos de campanha de Lula pelo país e pode ser fundamental para articular junto a esse eleitorado para o petista. A senadora diz estar pronta para refutar a tese “de que agronegócio e meio ambiente são opostos, quando na realidade devem andar juntos”.

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Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o PT estaria preparando uma carta ao agronegócio com as propostas para o setor. De acordo com interlocutores próximos da campanha, Lula rechaçou a ideia, pois isso o obrigaria a fazer o mesmo com os demais setores. “Eu não preciso ficar prestando contas, porque as pessoas me conhecem. Não precisa ficar fazendo carta, ou vou ter que fazer carta para 500 setores da sociedade. O que eu tenho é o legado de oito anos de Presidência da República” disse em coletiva na última semana. Mas integrantes da campanha devem deixar a carta pronta para usar em um momento oportuno, caso haja necessidade.

Segundo uma fonte próxima à campanha do petista, Alckmin (PSB) tem sido uma peça importante na relação com o agro. O ex-governador fez viagens para regiões significativas para a atividade do agronegócio e esteve em uma série de eventos do setor durante a campanha. A senadora Kátia Abreu (PP) também é uma interlocutora importante para a campanha do petista. A senadora fez um vídeo recentemente declarando seu voto em Lula. A senadora fala sobre os danos para o agronegócio com a lei antidesmatamento aprovada pelo parlamento europeu no mês passado, que, segundo ela, foi incentivada pelo desmatamento na Amazônia nos últimos quatro anos. A lei pode comprometer as exportações brasileiras e, por isso, parte do agronegócio começa a se articular para alertar sobre os riscos da continuidade do governo Bolsonaro e do descaso ambiental.

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