Como funcionam as negociações da COP30
Textos técnicos e debates entre países definem o rumo das decisões climáticas
Em meio às discussões da COP 30, o editor Diogo Schelp explicou, no programa Mercado, apresentado por Veruska Donato, como funcionam as complexas negociações internacionais que definem os rumos da política climática global.
Segundo Schelp, as decisões tomadas nas conferências do clima da ONU não nascem de improviso, mas de um longo processo técnico e diplomático que antecede as reuniões entre chefes de Estado. “Existe um texto pré-aprovado para cada tema discutido. Esse texto é elaborado previamente por técnicos e apresentado antes do início das plenárias”, afirmou o jornalista.
O papel dos textos-base
Esses documentos, chamados de textos-base, servem como ponto de partida para as negociações. Neles, são definidas as principais propostas e diretrizes que cada país pretende defender ou modificar. “Durante a conferência, o texto é debatido e ajustado em tempo real, linha por linha, até que se chegue a um consenso — ou, muitas vezes, a um compromisso possível entre interesses conflitantes”, explicou Schelp.
O processo envolve delegações de mais de 190 países, cada uma com prioridades diferentes — desde o corte de emissões de carbono até a criação de fundos de compensação climática para nações mais vulneráveis.
Diplomacia, técnica e política
De acordo com Schelp, as negociações da COP são uma mistura de ciência, diplomacia e política, o que torna o processo lento e complexo, mas essencial. “Nada é decidido de forma improvisada. Cada vírgula pode ter implicações econômicas e ambientais profundas. Por isso, o texto precisa passar pelo crivo de todos os países antes de ser aprovado”, disse.
O jornalista ressaltou ainda que as decisões finais refletem um delicado equilíbrio entre compromissos ambientais e interesses econômicos. “No fim das contas, o consenso é o produto possível de um mundo com visões muito diferentes sobre o que é desenvolvimento sustentável.”
A COP 30, que acontece em Belém (PA), reúne líderes globais para discutir o futuro do planeta — com base em textos, negociações e acordos costurados nos bastidores que, como destacou Schelp, “definem o ritmo da transição climática mundial”.
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