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O que Paulo Guedes pensa sobre a condução da economia por Fernando Haddad

Ex-ministro da Economia no governo Bolsonaro ainda não dá bênção ao sucessor e se queixa de medidas do novo governo a aliados

Por Felipe Mendes Atualizado em 27 abr 2023, 19h24 - Publicado em 22 abr 2023, 13h46

Embora tenha adotado um discurso de responsabilidade fiscal na gestão da economia do país até aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não conseguiu cair nas graças de seu predecessor, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Longe disso. Dono de grandes poderes durante o governo de Jair Bolsonaro, Guedes tem evitado dar pitacos sobre o mandato de seu sucessor, mas confidenciou a amigos mais próximos que a nova proposta de arcabouço fiscal é uma “bomba” e que sua conta “não fecha”.

Guedes também tem criticado as medidas tributárias propostas pela equipe de seu sucessor. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu dar vazão à reforma tributária este ano, proposta que teve discussão iniciada no último mandato, mas travada por falta de apoio no Congresso. Outra medida questionada por Guedes foi a forma como Haddad e sua equipe colocou em pauta a necessidade de tributação de compras no exterior sem antes amadurecer a discussão. Segundo uma fonte, o ex-ministro acredita que Haddad mais erra do que acerta no início de sua gestão.

Haddad, no entanto, tem tentado seguir um caminho “do meio”. Em entrevista coletiva para apresentação do arcabouço fiscal junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, na última terça-feira, 18, o ministro da Fazenda afirmou que tem tentado “compor um quadro de razoabilidade” para a discussão dos temas econômicos. “Tem economistas muito ortodoxos e muito heterodoxos no Brasil. Nós dialogamos com os menos ortodoxos e os menos heterodoxos para compor um quadro que seja de razoabilidade, para que nós possamos honrar os compromissos com a população, sobretudo a população de baixa renda, sem colocar em risco as trajetórias macroeconômicas desejadas”, afirmou ele. Apesar de respaldado por Lula e de ganhar aos poucos a confiança do mercado, Haddad também tem de conviver com o fogo amigo em seu partido, como as críticas constantes de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ao arcabouço fiscal.

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