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O que o mercado espera do comunicado do Copom nesta superquarta

Expectativa de elevação da Selic em 1 ponto percentual é unânime, mas agentes divergem sobre possível tom do BC

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2025, 14h59 - Publicado em 19 mar 2025, 09h46

Na noite desta quarta-feira 19, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará o novo patamar da taxa de juros, atualmente em 13,25%. A expectativa é quase unânime de que o colegiado promoverá um aumento de 1 ponto percentual, elevando a taxa Selic para 14,25% ao ano, conforme sinalizado no comunicado da última reunião. A dúvida, portanto, recai sobre o teor do comunicado que acompanhará a decisão, marcando a segunda reunião após a transição de comando entre o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto e o atual presidente, Gabriel Galípolo.

Uma pesquisa realizada pelo BTG com agentes de mercado na semana passada revelou expectativas divididas. Cerca de 38% dos participantes acreditam que a comunicação indicará uma desaceleração no ritmo de aperto monetário na próxima reunião. Outros 20% esperam que o Copom sinalize uma manutenção do ciclo, mas com elevação menor dos juros. Já 36% dos entrevistados preveem uma comunicação sem indicações claras, postura considerada mais cautelosa. Questionados sobre o que o Copom deveria comunicar, 38% dos agentes do mercado defenderam um comunicado sem indicações explícitas.

Na primeira reunião do ano, encerrada em 29 de janeiro, o Copom aumentou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, na quarta alta consecutiva dos juros desde o ciclo de aperto monetário que começou em setembro do ano passado. A decisão de 29 de janeiro foi unânime, confirmando um esforço da autoridade monetária para conter a pressão da inflação e a desancoragem das expectativas.  No comunicado da última reunião, o colegiado indicou que, diante do cenário difícil para controlar a inflação, deveria fazer mais um ajuste de 1 ponto percentual na reunião desta semana.

O Comitê  deixou ainda a porta aberta para mais uma alta de juros, indicando que não há um limite fixo para o aperto monetário. “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado. 

Os analistas de marcado esperam que a taxa de juros encerre 2025 em 15% ao ano. Na segunda-feira, economistas e analistas de mercado diminuíram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a referência para a inflação do país. De acordo com o Boletim Focus, o mercado prevê que a inflação encerre 2025 em 5,66%.

A estimativa, apesar de um leve recuo de 0,02 ponto percentual, continua ainda acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%. A projeção indica que a inflação no Brasil feche o ano acima da margem de tolerância da meta, que é de 4,5%. Para 2026, a estimativa do mercado é de inflação anual de 4,48%, aumento em relação à semana passada, quando a projeção estava em 4,40%. Para 2027, a estimativa ficou estável em 4% ao ano para o IPCA.

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