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O que leva ao reajuste nos combustíveis — mesmo a contragosto de Bolsonaro

Diesel e gasolina estão com preços defasados; após reajuste no diesel, mercado espera nova alta também na gasolina nos próximos dias

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2022, 14h07 - Publicado em 9 Maio 2022, 12h16

Apesar da queda no preço do barril do petróleo devido a um novo lockdown na China, os preços dos combustíveis continuam a ser um problema para o Brasil. Mesmo com as altas do ano, os preços estão defasados. A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 9, reajuste de 9% no diesel, o que pode desembocar também na gasolina, mesmo a contragosto do presidente Jair Bolsonaro.

Com essa nova alta no diesel, o litro vai passar de 4,51 reais para 4,91 reais. O preço médio do litro do diesel comum comercializado nos postos de abastecimento do Brasil registrou alta de 4,05% no fechamento de abril, se comparado ao mês anterior, e fechou o período a 6,870 reais, segundo dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), com base nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log. “O preço do diesel não recua desde dezembro do ano passado. Se comparamos com janeiro deste ano, o tipo comum já aumentou 19,1%, afirma Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

No ano passado, a Petrobras realizou treze reajustes no preço da gasolina e do diesel. Neste ano, foram dois até o momento — e o terceiro no diesel anunciado a pouco. Em março, a estatal elevou o preço da gasolina para quase 19% e o do diesel para 25%, após quase sessenta dias do primeiro, e foi considerado atrasado pelos especialistas do setor por criar defasagem em relação ao mercado internacional.  Mesmo assim, o diesel estava defasado 20% e o mercado estima que a da gasolina esteja entre 15% e 20%. “Geralmente os reajustes são inferiores ao indicado pela defasagem estrita. Apostamos em uma elevação de cerca de 9% na gasolina nos próximos dias”, diz o economista Étore Sanchez, sócio da Ativa Investimentos.

Em abril, o preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento fechou o mês a 7,495 reais, alta de 2,35% em relação a março. Já o preço do etanol avançou 4,37% se comparado ao mês anterior, com o litro comercializado a média de 5,936 reais, de acordo com dados da Ticket Log.

O preço dos combustíveis passou a ser uma das grandes preocupações dos brasileiros e foi considerado um dos grandes vilões para a inflação de dois dígitos de 2021 e da persistência dos preços altos em 2022. “Os reajustes dos combustíveis ainda vão continuar a impactar na inflação pelo menos nos próximos três meses, que é o período médio entre o reajuste na refinaria e o repasse completo nas bombas do postos”, afirma Rodrigo Simões, especialista em Finanças e Economia e professor da FAC-SP. Com o descontentamento crescente da população, o presidente Jair Bolsonaro realizou um troca-troca na gestão da Petrobras com intenções de interferir na política de preços. Mesmo com a demissão do general Joaquim Silva e Luna e a posse de José Mauro Ferreira Coelho, ex-secretário do Ministério de Minas e Energia, o presidente continua incomodado com a política de preços e os resultados da petroleira. Na última quinta-feira, durante live, o presidente classificou o lucro  de 44 bilhões de reais da estatal como “estupro” e em um evento no domingo disse a simpatizantes que o país “não aguenta mais” reajuste nos combustíveis.

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