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O que explica a resistência ao fundo de florestas tropicais, segundo presidente da COP

Para André Correa do Lago, países ricos ainda estão desconfiados de que fundo também pode beneficiá-los

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 nov 2025, 19h27 - Publicado em 10 nov 2025, 19h18

O presidente da COP30, embaixador André Correa do Lago, corroborou, nesta segunda-feira, a expectativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de obter 10 bilhões de dólares para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, TFFF na sigla em inglês, durante o ano em que o Brasil presidir a conferência climática da ONU.

Para o embaixador, que irá permanecer no cargo pelos próximos 12 meses até passar o bastão para um representante do próximo país sede, a resistência dos países desenvolvidos em investir no fundo advém de uma certa desconfiança.

O mundo desenvolvido, que tem a responsabilidade de repassar valores para as nações mais pobres do planeta, ainda não teria compreendido totalmente que também pode se beneficiar economicamente do mecanismo financeiro.

“O TFFF é muito diferente. No fundo, eles estão achando estranho que veio do Brasil uma ideia que também é boa para eles. Por isso, estão demorando um pouco para analisar”, disse a VEJA.

A expectativa do governo brasileiro era a de que Reino Unido e Alemanha aderissem ao fundo. As duas nações se comprometeram com a ideia, mas ainda não realizaram aportes. Correa do Lago diz estar confiante de que isso possa ser revertido em breve.

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“À medida em que as pessoas entendem [como o fundo funciona], há uma revelação de que nós estamos conseguindo propor uma coisa que dá valor à floresta em pé, algo que outros países tentam fazer há décadas, mas que até agora não funcionou”, diz.

Como o TFFF funciona

Pela modelagem inicial, os países ricos aportariam um capital inicial de 25 bilhões de dólares, com recursos advindos de suas reservas cambiais. Normalmente, esse dinheiro é investido em títulos do tesouro americano, considerado o mais estável e seguro do mundo.

Para obter a atratividade, o TFFF garantiria a mesma taxa de retorno aos países investidores, com a diferença que poderia utilizar os recursos para negociar papéis mais rentáveis disponíveis no mercado. A ideia é chegar a até 125 bilhões de dólares em transações, cinco vezes o investimento base. Todo o excedente obtido seria destinado à preservação das florestas tropicais.

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O Brasil é o pai da ideia, mas se uniu a outros países para desenhar o fundo. Entre as mais de 70 nações aptas a receber os recursos, estão a República Democrática do Congo, a Indonésia, Malásia, Colômbia e Gana, que também foram chamadas a colaborar.  Já o grupo de países que aportam recursos está representado por França, Noruega, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Alemanha.

O Brasil pressiona justamente esses países para obter o capital inicial. Até o momento, a França investiu 5,5 milhões de dólares e a Noruega, 3 bilhões de dólares.

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