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O que a reunião de Haddad nos EUA revela sobre o futuro do tarifaço

Segundo o ministro, houve a sinalização do governo americano em abrir diálogo sobre as tarifas impostas ao Brasil e a outros países da América do Sul

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2025, 10h19

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em Los Angeles, para tratar das relações econômicas bilaterais e classificou a conversa como “excelente, de alto nível”. Segundo o ministro, houve a sinalização do governo americano em abrir diálogo sobre as tarifas impostas ao Brasil e a outros países da América do Sul. Haddad está nos Estados Unidos com a missão de atrair investimentos em infraestrutura digital, com foco na instalação de data centers no Brasil.

“Conversamos sobre todos os assuntos mais importantes, mais relevantes, desde a questão das vantagens comparativas que o Brasil tem de atração de investimentos na área de energia verde, de minerais críticos e assim por diante, passando pelas relações bilaterais”, disse Haddad.

O ministro disse que há espaço para discutir a reversão de tarifas implementadas durante o governo de Donald Trump. “A América do Sul é deficitária na balança comercial em relação aos Estados Unidos. Então, não faz muito sentido manter uma tarifação sobre não apenas o Brasil, mas sobre a região como um todo”, disse. Segundo ele, houve uma “demonstração de abertura ao diálogo”, e o momento é de negociar “os termos de um entendimento”.

Há 15 anos, os EUA registram superávits comerciais recorrentes em bens e serviços com o Brasil. Neste ano, o Brasil fechou o primeiro trimestre com saldo negativo de 650 milhões de dólares na balança comercial com os norte-americanos. No ano passado, o Brasil também fechou o ano com déficit.

Segundo dados do governo norte-americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi da ordem de 7 bilhões de dólares somente em bens. Somados bens e serviços, o superávit chegou a 28,6 bilhões de dólares no ano passado. Trata-se do terceiro maior superávit comercial daquele país em todo o mundo.

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Agenda de Haddad nos EUA mira atração de investimentos em data centers

Após a reunião de domingo com Bessent, Haddad participou de um jantar reservado com investidores, na abertura da 28ª Conferência Global do Instituto Milken. A agenda internacional continua nesta segunda-feira, 5 com reuniões em Los Angeles e, à tarde, em São Francisco, onde o ministro terá encontros com executivos do Google, NVIDIA e outras empresas de tecnologia.

Na terça-feira ,7, Haddad participará de uma mesa redonda promovida pela Amcham Brasil e terá reunião com a diretoria da Amazon. Em seguida, ele embarca para a Cidade do México, onde, na quarta-feira, 8, encontrará empresários brasileiros no país e terá reunião com o secretário da Fazenda e Crédito Público mexicano, Edgar Amador Zamorra. O retorno a Brasília está previsto para a madrugada de quinta-feira, 9.

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