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O possível ‘negócio da China’ para as indústrias da Rússia

Empresas estatais chinesas consideram comprar participações das gigantes russas de petróleo e gás que estão isoladas do Ocidente

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 mar 2022, 18h57 - Publicado em 8 mar 2022, 10h28

A China está considerando comprar ou aumentar participações em empresas russas de energia e commodities, como a gigante do gás Gazprom e a produtora de alumínio United Co. Rusal International. O movimento ocorre após o isolamento russo da economia global devido às sanções impostas por nações ocidentais em resposta à invasão da Ucrânia. 

Segundo a Bloomberg, Pequim está conversando com suas empresas estatais, incluindo China National Petroleum, China Petrochemical, Aluminum Corp. of China e China Minmetals, sobre quaisquer oportunidades de investimentos potenciais em empresas ou ativos russos. Qualquer acordo seria para reforçar as importações da China à medida que intensifica seu foco em energia e segurança alimentar — não como uma demonstração de apoio à invasão da Rússia na Ucrânia. As conversas estão em estágio inicial e mostram a saída que Putin e as principais empresas russas podem ter para contornar o isolamento.

Um investimento da China pode ajudar a solidificar o esforço de Moscou para acelerar a virada para a Ásia, com acordo de óleo e gás. A China dobrou as compras de produtos energéticos russos para quase 60 bilhões de dólares nos últimos cinco anos. O gasoduto Power of Siberia começou a enviar gás para a China em 2019, e a Gazprom já está conversando com a Pequim sobre outra rota que pode ser assinada este ano, permitindo eventualmente enviar combustível de campos de gás que abastecem a Europa. Entre os atuais investimentos em energia da China na Rússia, a CNPC tem uma participação de 20% no projeto Yamal e de 10% no Arctic LNG 2, enquanto a Cnooc também possui 10% do Arctic.

Os dois países já vinham fortalecendo os laços, com os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin assinando no mês passado uma série de acordos para aumentar a oferta russa de gás e petróleo, além de trigo. A Gazprom e a Rosneft estavam entre os gigantes de energia russos selando acordos quando os dois líderes se encontraram em Pequim antes dos Jogos Olímpicos de Inverno. Vale lembrar que a China se absteve de votações na Organização das Nações Unidas sobre sanções à Rússia.

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A China prometeu continuar as relações comerciais normais com a Rússia, apesar de um êxodo maciço de empresas europeias e americanas. BP, Shell e Exxon Mobil surpreenderam o setor de energia ao abandonar ativos russos no valor de bilhões de dólares.

Ainda assim, qualquer investimento na Rússia está repleto de riscos que vão além do equilíbrio geopolítico que Pequim enfrenta. A Rússia tornou-se um mercado quase impossível de investir para empresas globais à medida que a economia do país se deteriora rapidamente. As sanções eliminaram bilhões de dólares dos ativos russos e os títulos despencaram à medida que os riscos de inadimplência se intensificavam. O yuan subiu em relação ao rublo, levantando questões sobre o relacionamento estratégico dos dois países.

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