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O pedido milionário da Fiocruz para produzir vacina à la Pfizer

Fundação solicita montante de 35 milhões de reais ao Ministério de Saúde para desenvolver imunizante baseado na tecnologia de RNA Mensageiro

Por Victor Irajá Atualizado em 14 jun 2022, 15h11 - Publicado em 14 jun 2022, 14h29

A Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, solicitou ao Ministério da Saúde a disponibilização orçamentária de 35 milhões de reais para fomentar “os investimentos necessários na montagem da área produtiva, controle de qualidade e desenvolvimento tecnológico” para o desenvolvimento de uma nova vacina contra a Covid-19, com a tecnologia que envolve o RNA Mensageiro, nos moldes das vacinas da Pfizer-Biontech e Moderna. A atual vacina produzida pela fundação, em parceria intelectual com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, é baseada na tecnologia de vetor viral. A Fiocruz afirma ainda, em ofício obtido por VEJA, que “no que tange ao orçamento necessário para os estudos clínicos, a fundação ainda está realizando discussões com a Anvisa sobre a estratégia regulatória, o que impactará no planejamento das necessidades orçamentárias, a ser discutido com este Ministério posteriormente”. No documento, a Fiocruz afirma que “vem trabalhando em um projeto de pesquisa e desenvolvimento inovador e autoral de uma plataforma de vacina RNA”.

O pedido lembra que a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) escolheu o projeto da vacina RNA do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, no ano passado, para fazer parte de um hub de desenvolvimento e produção de vacinas baseadas em RNA para Covid-19 com o objetivo de auxiliar os países de baixa e média renda no estabelecimento dessa tecnologia. Segundo a Fiocruz, a fundação está buscando incorporar de forma adicional a plataforma de vacinas de RNA, alegando que a tecnologia implica em “ótimos resultados” com “menor complexidade em termos produtivos”, além de “abrigar diversas vantagens, como as de induzir respostas imunológicas equilibradas”. “Estas características permitem uma rápida resposta no combate ao surgimento de novos patógenos, no caso de epidemias ou pandemias, ou mesmo na aceleração do processo de desenvolvimento de opções terapêuticas para necessidades médicas ainda não atendidas”, diz o pedido.

A Fiocruz alega que o mundo vivencia “uma revolução no campo das novas abordagens vacinais que se tornaram uma realidade durante a pandemia de Covid 19”. “Essas vacinas baseadas incluem as vacinas de vetor viral já incorporadas no portfólio da Fiocruz e também as vacinas de RNA. As novas tecnologias atingiram os maiores índices de eficácia dentre todas as plataformas testadas até o momento, fazendo com que estas plataformas tenham emergido como as mais promissoras para o desenvolvimento de vacinas neste século”, afirma no pedido. A fundação ressalta ainda que, como detém a tecnologia da produção da vacina AstraZeneca, por exemplo, o custo para aquisição da vacina produzida pela instituição é o mais baixo entre os demais imunizantes.

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