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O papel da número 2 da Caixa no novo programa do banco para as mulheres

Vice-presidente de gestão corporativa da instituição, Danielle Calazans fala, em entrevista a VEJA, sobre as mudanças no banco após a troca de comando

Por Felipe Mendes Atualizado em 30 ago 2022, 10h12 - Publicado em 30 ago 2022, 08h00

Marcada por casos de assédio durante a gestão centralizadora de Pedro Guimarães, a Caixa Econômica Federal tenta aos poucos recuperar a autoestima e a motivação de seus mais de 86 mil funcionários. Desde que a gestão corporativa foi destinada à advogada Danielle Calazans, braço-direito da atual presidente, Daniella Marques, mudanças significativas aconteceram. Em uma tentativa de modernizar a gestão da empresa, em linha com o que acontece com outras instituições no mercado financeiro, Calazans promoveu um programa interno focado em bem-estar e na qualidade de vida, além de ter suportado a criação do Caixa Pra Elas, que incentiva o empreendedorismo feminino e busca prevenir a violência contra a mulher.

Com mais de 15 anos de carreira dentro da instituição, Calazans também trabalhou no processo de consolidação do Ministério da Economia do governo de Jair Bolsonaro sob a batuta do ministro Paulo Guedes. Agora, ela traz essa expertise para dentro do banco. “A gente não acredita em uma gestão centralizada em uma ou poucas pessoas. Somos um banco de 86 mil empregados e entendemos que todos têm um papel muito importante dentro da instituição”, afirma Calazans. “A gente lançou um programa interno batizado de Tem Caixa Pra Mais, que é muito focado no bem-estar e na qualidade de vida para as pessoas. Um ato simbólico disso foi a retirada do uso obrigatório de gravatas no banco, o que foi muito bem recebido e demonstra o ambiente de leveza que a gente quer para a instituição”.

Calazans participou ativamente da estratégia por trás do aplicativo Caixa Pra Elas, que já atingiu mais de 11 milhões de acessos. A empresa capacitou 8 mil “embaixadoras” para atender as mulheres em 250 agências bancárias, com oferta de crédito às mulheres e uma ação afirmativa no combate à violência doméstica. “São ações que melhoram o ambiente de trabalho e trazem o foco para a importância da mulher dentro do nosso quadro funcional. Isso tem sido muito recebido e não se trata apenas de um simbolismo. São mulheres atendendo a outras mulheres e falando em uma linguagem muito mais assertiva com elas. Para que isso acontecesse, foi necessário uma ação de gestão de pessoas”, afirma Calazans. Assim, pouco a pouco, a empresa tenta deixar para trás as máculas de um passado não tão distante, quando era comandada por Guimarães.

Governança

Com a saída de Pedro Guimarães após o escândalo, a nova gestão fez algumas opções, algumas das quais não foram bem recebidas por alguns líderes sindicais dentro da empresa. Em uma das primeiras ações da nova presidente, optou-se pela fusão entre as áreas de Estratégia e Pessoas e de Logística e Operações, movimentação que resultou na criação da vice-presidência de gestão corporatpiva, ocupada por Calazans atualmente. “A junção de áreas tem como norteador claro a geração de eficiência dos negócios do banco. Em nenhum momento, a gente imaginou em enfraquecer a gestão de pessoas com essa fusão, pelo contrário. São áreas que pensavam de formas diferentes e agora foram otimizadas”, afirma ela. “O banco é uma instituição sólida, mas é sempre preciso reorganizar alguns fluxos”, reitera. 

A despeito do cargo de confiança endereçado por Marques, com quem Calazans trabalhou no Ministério da Economia, a executiva afirma não ter nenhum tipo de regalia no trato com a executiva-chefe da Caixa. “Ninguém é maior que ninguém”, afirma. Com a troca de comando, Calazans acredita que a Caixa irá avançar em promover uma digitalização maior dos processos internos. “Estamos fazendo algumas adequações a partir da remodelagem da nossa estratégia. Estamos digitalizando algumas rotinas, trazendo uma reinvenção para o banco e um processo de trabalho mais fluido. A lógica por trás disso é melhorar os nossos processos, mas, sobretudo, o atendimento prestado à sociedade.”

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