‘O limite da IA é a nossa criatividade’, diz presidente do Google Brasil
Fábio Coelho fala sobre o papel estratégico do país para a empresa e os impactos globais da inteligência artificial

Qual é a relevância do Brasil na estratégia global de inteligência artificial do Google? O Brasil é e continuará sendo um player de peso. O primeiro passo é consolidar sua posição como líder regional. Temos uma matriz energética espetacular, baseada em sustentabilidade, que representa um diferencial competitivo importante.
E o que o país precisa fazer para assumir esse protagonismo? Passa por ampliar o uso da inteligência artificial em setores estratégicos: criar novos negócios, tornar a logística mais eficiente, impulsionar a agricultura e aprimorar a forma como produzimos e distribuímos energia. Muitas dessas iniciativas já estão em andamento. Se avançarem como previsto, o Brasil terá um papel decisivo no cenário da inteligência artificial.
Como o senhor define a transformação global trazida pela inteligência artificial? A palavra é abundância. Abundância de energia, de alimentos, de acesso, de oportunidades em várias frentes. Com isso, a sociedade poderá resolver problemas que, até agora, pareciam insolúveis.
Até onde a inteligência artificial poderá chegar? O limite da inteligência artificial é o mesmo da nossa criatividade. Ela avança à medida que somos capazes de imaginar soluções para problemas que hoje parecem sem saída. Quando se conecta a áreas como a robótica e modelos integrados de vídeo, linguagem e ação, a inteligência artificial passa a enfrentar desafios extraordinários, abrindo caminhos antes inimagináveis.
Que exemplos práticos há do impacto da inteligência artificial? Eles já aparecem em várias frentes: redução na incidência de doenças, aumento da produtividade agrícola por hectare, desenvolvimento de alimentos com maior durabilidade e novos modelos para compreender e preservar nosso ambiente planetário.
Publicado em VEJA, setembro de 2025, edição VEJA Negócios nº 18