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O duro recado dos caminhoneiros a Bolsonaro sobre a PEC das Bondades

"É uma clara tentativa de comprar o direito mais digno de um cidadão que é seu voto", afirma Chorão, líder da greve de 2018

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2022, 10h31 - Publicado em 7 jul 2022, 14h53

A Câmara dos Deputados deve votar em plenário a PEC das Bondades, que concede uma série de benefícios sociais, decreta um estado de emergência e autoriza um furo de mais de 40 bilhões de reais no teto. Entre os programas que estão dentro da PEC, está um voucher de 1.000 reais para 870 mil caminhoneiros autônomos. A proposta, entretanto, pouco agrada aos caminhoneiros. O líder da greve da categoria em 2018, Wallace Landim, o Chorão, voltou a criticar a proposta e o pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PP). “Mil reais não resolvem o problema dos caminhoneiros autônomos, é uma afronta a nossa inteligência, é uma clara tentativa de comprar o direito mais digno de um cidadão que é seu voto”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Condutores de Veículos Autônomos, a Abrava.

Nas contas do caminhoneiro, com 1.000 reais, os motoristas não enchem o tanque do caminhão. O valor do voucher, com o diesel a 7,50 reais, tem o rendimento de 266 quilômetros. “Caminhoneiro não é burro, nós sabemos fazer conta”, diz Chorão.

As lideranças da categoria voltam a criticar a Política de Paridade de Preço Internacional da Petrobras, em vigor desde 2016. “Caminhoneiro não quer esmola, quer dignidade. Dentre todas as propostas da categoria elencadas desde a paralisação de 2018, a mais importante que exigimos é a suspensão do PPI'”, diz o deputado federal Nereu Crispim (PDS-RS), presidente da frente parlamentar mista em defesa do caminhoneiro autônomo e celetista.

Proposta

O voucher para os caminhoneiros voltou à pauta após o último reajuste da Petrobras, que aumentou em 14% o diesel. Além de fritar o então presidente da companhia, José Mauro Coelho, que renunciou ao cargo dias depois, o governo propôs transferir 400 reais aos caminhoneiros, importante base de apoio de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, para amenizar a alta dos combustíveis. Com a repercussão ruim entre a categoria, o vale subiu para 1.000 reais. Além do voucher para o caminhoneiro, a PEC das Bondades também prevê transferência para os taxistas, aumento no vale-gás e elevação de 400 para 600 reais no Auxílio Brasil.

Caso a proposta seja aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados, deve ir direto para a promulgação. Por se tratar de alteração na Constituição, o presidente da República não precisa sancionar o texto.

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