ASSINE VEJA NEGÓCIOS

O controverso plano econômico do Reino Unido que faz a libra derreter

A primeira-ministra Liz Truss realizou o maior corte de impostos em décadas no país para estimular o crescimento em um momento de inflação alta

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 set 2022, 21h02 - Publicado em 23 set 2022, 11h48

O Reino Unido anunciou um arrojado e controverso plano para estimular a economia do país em um momento que enfrenta a maior inflação em 40 anos. Para alcançar a meta de dobrar o crescimento e evitar a recessão, o governo da primeira-ministra Liz Truss realizou corte radical de impostos, o maior desde 1972, colocando o mercado financeiro em colapso.

A notícia fez a libra cair abaixo de 1,11 dólar pela primeira vez desde 1985 e gerou uma corrida dos investidores na retirada de títulos do governo britânico, que tiveram a sua maior queda diária desde o colapso da Covid-19, em março de 2020. A medida também fez aumentar as perspectivas inflacionárias, com os investidores apostando 50% de chance na elevação de 1 ponto percentual nos juros em novembro.

O corte de impostos e o teto estabelecido pelo governo nos preços de energia devem custar 161 bilhões de libras para os cofres públicos nos próximos cinco anos, o que coloca o mercado em alerta para o risco de endividamento do país. “Esse enorme evento fiscal é uma aposta econômica radical, que colocará a dívida do Reino Unido em uma base instável”, diz Bethany Payne, gerente global de carteira de títulos na Janus Henderson Investors.

A renúncia de receita é a maior em 50 anos, desde o governo de Edward Heath, que foi marcado por inflação e a contração de uma enorme dívida, levando o país a pedir resgate ao Fundo Monetário Internacional. “Aquele orçamento agora é conhecido como o pior dos tempos modernos”, disse Paul Johnson, diretor do Instituto de Estudos Fiscais, na sua conta do Twitter, desejando que o plano de Truss funcione melhor que o do passado.

A meta do governo é alcançar um crescimento de 2,5%, mas os incentivos fiscais adicionam a preocupação de gerar mais estímulos e, portanto, maior inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação, alcançou 9,9% em agosto.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.