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Novo Lehman Brothers? Queda do Credit Suisse assusta mercado

Ações do banco caíram 60% no ano e os spreads dos CDS, que funcionam como uma espécie de seguro em caso de falência, atingiram máximas históricas

Por Luana Zanobia Atualizado em 6 out 2022, 11h59 - Publicado em 6 out 2022, 11h16

Cresce no mercado os rumores sobre a saúde financeira do banco suíço Credit Suisse após anunciar, semanas atrás, redução das atividades acompanhada de uma demissão em massa de funcionários e corte de custos – calculado em 1,5 milhão de francos suíços. O banco vem tentando apaziguar os ânimos dos investidores, mas a queda acumulada de 60% nas ações desde o início do ano coloca o mercado em alerta, temendo um novo episódio como o Lehman Brothers, que desencadeou a crise financeira global de 2008.

O Credit Suisse é o maior banco da Suíça e um dos maiores da Europa, mas enfrenta agora uma crise de confiança. O banco registra trimestres consecutivos de prejuízo e as ações do banco caíram de 10 dólares para menos de 4 dólares no ano, levando o banco a perder 11,4 bilhões de dólares em valor de mercado. Há um ano, o banco era avaliado em 22,3 bilhões de dólares, hoje o valor é de 10,4 bilhões de dólares.

Após apresentar indícios de uma crise de liquidez nos últimos dias, a escalada nos spreads dos Credit Default Swaps (CDS) da instituição reforçaram os rumores de que o banco pode estar enfrentando uma crise. Os CDS do banco tiveram alta de 48% e atingiram suas máximas históricas, chegando em 325 pontos-base. Esses papéis são considerados pelo mercado como uma espécie de apólices de seguro contra a possibilidade de falência do banco, e uma boa medição do risco de um investimento. No começo do ano, os CDS estavam em cerca de 50 pontos-base.

Segundo a casa de análises QR Capital, a crise de confiança, que tem sido tratada com muita preocupação por especialistas, traz paralelos com a quebra do Lehman Brothers durante a crise de 2008. Apesar de certo arrefecimento em relação ao pico de incerteza nos últimos dias, o mercado está precificando a necessidade de um aumento de capital de, pelo menos, 4 bilhões de dólares para cobrir operações deficitárias realizadas pelo banco. “Com o caixa extremamente pressionado, especialistas esperam que o Credit Suisse anuncie um severo corte de custos para impedir uma implosão que, facilmente, poderia se alastrar por todo o mercado financeiro”, diz a casa em relatório de análise enviado ao mercado.

O banco acumula uma série de escândalos financeiros. Em 2021, o Archegos, family office do investidor sul-coreano Bill Hwang, quebrou, rendendo um prejuízo de 5,5 bilhões de dólares para o banco. Meses depois a Greensill, empresa financeira britânica, também foi a bancarrota, levando o banco a outro prejuízo, dessa vez, de 10 bilhões de dólares.

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