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Pesquisa escancara a grande fragilidade no pacote eleitoral de Bolsonaro

Levantamento feito após a aprovação da PEC das Bondades mostra que eleitor conhece os benefícios e sabe que eles serão temporários

Por Larissa Quintino Atualizado em 25 jul 2022, 23h23 - Publicado em 25 jul 2022, 08h24

A aprovação da PEC das Bondades é uma das grandes apostas eleitorais da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. O pacote, que inclui um novo furo no teto de gastos (de 41 bilhões de reais) e a decretação de estado de emergência para driblar a lei eleitoral e conceder novos benefícios a dois meses da eleição, é de conhecimento do eleitorado, segundo pesquisa realizada pelo BTG Pactual/Instituto FSB Pesquisa e divulgada nesta segunda-feira, 25. No entanto, até então, o pacote eleitoral não alterou as intenções de voto. Parte disso pode ser explicada porque sete em cada dez eleitores entende que as medidas serão temporárias.

Segundo o levantamento, 55% sabem da elevação do Auxílio Brasil, do Vale-Gás e do voucher de 1.000 reais para os caminhoneiros, sendo que 88% dizem ter conhecimento sobre o aumento de 400 para 600 reais do Auxílio Brasil. Algo que pode ser comemorado por Bolsonaro é que a maioria (58%) aprova a adoção das medidas — inclusive quando o recorte é feito entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o primeiro colocado nas pesquisas. Porém, a maioria dos eleitores também afirma saber do caráter temporário dos auxílios, que serão pagos até 31 de dezembro deste ano. 84% dizem ter conhecimento de que o voucher para os caminhoneiros não é medida permanente, assim como 73% afirmam saber sobre esse mesmo caráter do Vale-Gás e 73%, sobre o auxílio de 600 reais. “O pacote de medidas socioeconômicas, que inclui a redução dos preços dos combustíveis e o incremento dos benefícios sociais ainda não trouxe ganhos para o presidente candidato. Talvez porque a ampla maioria do eleitorado entenda que essas medidas são temporárias”, analisa Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.

Mesmo antes da divulgação da pesquisa, a própria campanha de Bolsonaro parece estar ciente da fragilidade das medidas. Tanto que, na convenção do PL que ratificou a candidatura do presidente com o general Braga Neto na chapa,  Bolsonaro afirmou que o valor de 600 reais também será pago em 2023. “Conversei essa semana com o Paulo Guedes e esse valor (de R$ 600) será mantido a partir do ano que vem”, declarou durante o discurso. Um indicativo de se o governo pretende ou não manter a medida será dado pela Lei Orçamentária Anual, a LOA, que precisa ser entregue pelo Ministério da Economia ao Congresso até o próximo dia 31 de agosto. 

Influência no voto

Quando questionados sobre a influência do pacote de medidas na hora da decisão do voto, há outro indicativo que pode preocupar a campanha do PL: 50% afirmaram que não há impacto do pacote de benefícios na escolha do candidato a presidente; 19% disseram que o pacote influencia muito; 18% responderam mais ou menos; e 11%, pouco; enquanto 2% não sabem ou não responderam.

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A pesquisa, realizada entre os dias 22 e 24 de julho, com 2.000 eleitores, via telefone e com margem de erro de 2 pontos porcentuais, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua na dianteira das intenções de voto, com 44%, acima dos 41% do levantamento realizado em 11 de julho. Já Bolsonaro oscilou 1 ponto para baixo, e agora tem 31%.

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