No G7, Lula defende taxação dos super-ricos e regulação da IA
Presidente brasileiro participa como convidado da reunião da cúpula, na Itália. Segundo o presidente, a concentração de renda é um risco à democracia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a taxação dos super-ricos e criticou a concentração de renda. Na fala, em seu discurso na cúpula do G7, que acontece na Itália, o petista defendeu a proposta brasileira apresentada no G20 para um sistema global de cobrança de impostos dos mais ricos.
“Já passou da hora de os super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos. Essa concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia”, disse o presidente. “Nosso objetivo, no G20, é mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades”, acrescentou Lula, pedindo apoio dos países do G7 à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada na reunião do G20 no Rio de Janeiro.
Além da taxação dos super-ricos, Lula também defendeu um sistema de “governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial” em que todos os países tenham assento para discussões.
Segundo ele, um dos desafios atuais é encarar o avanço da tecnologia e as mudanças climáticas sem perder o foco nas pessoas e na preservação do planeta. “Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países. A inteligência artificial (IA) acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, disse.