‘Não tem data definida’, diz Padilha sobre o arcabouço fiscal
Ministro das Relações Institucionais disse que Lula deve definir calendário após conversas com Haddad, após cancelamento de viagem à China

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira, 27, que ainda não há data para que o governo apresente o novo arcabouço fiscal. As novas regras para controle dos gastos públicos, que vão substituir o teto de gastos, seriam divulgadas em abril, após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Com o cancelamento da missão, há expectativa para que o anúncio seja antecipado.
“Não tem uma data definida, mas certamente conversas que aconteceriam na própria missão na China, o ministro Fernando Haddad estava indo para a China, devem acontecer aqui em Brasília. O presidente ainda vai definir esse cronograma com o ministro Fernando Haddad, ele que lidera o debate do marco fiscal. Certamente durante a semana esse tema vai ser tratado no ambiente interno do governo”, disse Padilha ao sair do Palácio da Alvorada, onde se reuniu com Lula.
“O que vai se aproveitar durante a semana é se aprofundar as discussões. Certamente, Haddad vai dar retorno ao presidente Lula das conversas que ele já conduziu com lideranças do Congresso”, afirmou.
Segundo Padilha, há boa sinalização do Congresso Nacional para a tramitação da proposta. “Tenho conversado diretamente com os líderes da base e da oposição, com o presidente Rodrigo Pacheco (do Senado), com o presidente Arthur Lira (da Câmara). É um clima muito positivo para, chegando a regra fiscal no Congresso Nacional, possa ser debatida com muita qualidade e celeridade”, afirmou.
Também nesta segunda-feira, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o arcabouço fiscal deve “agradar a todos”. Durante evento da Arko Advice, Tebet afirmou que o conjunto de regras fiscais preza pela responsabilidade fiscal, sem desagradar o lado mais expansionista do governo. Segundo ela, o novo arcabouço deve ser muito bem recebido no Senado Federal. ” Estou confiante que vai ser aprovado no Congresso”, disse.